Famílias “encolhem”: em média, há menos de 3 pessoas por domicílio
Somente sete estados têm média de pessoas por domicílio maior ou igual a 3. São eles: Amazonas, Amapá, Roraima, Pará, Maranhão, Acre e Piauí
atualizado
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A densidade domiciliar do país apresentou um declínio de 18,7% nos últimos 12 anos, segundo informações do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (28/6). As famílias brasileiras têm uma média de 2,8 pessoas por casa.
Nas últimas duas décadas, os dados em relação a densidade domiciliar do Censo 2022 foram os mais acentuados. Segundo o IBGE, a média de moradores na mesma casa passou de 3,3 (2010) para 2,8 (2022), superando a marca dos 13,5% observados no período 2000-2010.
Somente sete estados contam com média de moradores por domicílio maior ou igual a três. São eles: Amazonas, Amapá, Roraima, Pará, Maranhão, Acre e Piauí.
De acordo com informações do Censo 2022, a região Norte apresenta a maior densidade domiciliar com 3,3 moradores por residência. Enquanto a região Sul tem o menor índice com 2,6 pessoas por casa.
A densidade domiciliar é representada pela relação entre as pessoas moradoras nos domicílios particulares permanentes ocupados e o número de domicílios particulares permanentes ocupados.
Confira os números abaixo:
Média nacional de pessoas por domicílio segundo o Censo (2000-2022)
- 2000: 3,76
- 2010: 3,31
- 2022: 2,79
Média por região de pessoas por domicílio segundo o Censo (2000-2022)
- Norte: 4,53 (2000), 3,97 (2010) e 3,30 (2022)
- Nordeste: 4,16 (2000), 3,54 (2010) e 2,90 (2022)
- Sudeste: 3,55 (2000), 3,17 (2010) e 2,69 (2022)
- Sul: 3,46 (2000), 3,06 (2010) e 2,64 (2022)
- Centro-Oeste: 3,64 (2000), 3,22 (2010) e 2,78 (2022)
Veja no mapa:
O Censo 2022
A população brasileira atingiu a marca de 203.062.512 habitantes, o que representa um aumento de 6,5% entre 2010 e 2022, segundo o Censo Demográfico 2022. O índice representa quase 5 milhões de pessoas a menos que o esperado. As informações foram divulgadas com dois anos de atraso nesta quarta-feira (28/6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice veio abaixo das projeções anteriores do órgão. Em 2021, a estimativa era que o país teria ao menos 213 milhões de habitantes. Em dezembro do ano passado, com base nos dados prévios do levantamento, o instituto ajustou o número para 207,7 milhões – ou seja, 4,7 milhões de pessoas a mais do que o cálculo final.
Conforme a pesquisa, entre 2010 a 2022, a taxa de crescimento anual da população do país foi de 0,52%. Trata-se da menor taxa desde o primeiro Censo do Brasil, em 1872.