Famílias de bebês trocados vão morar juntas até o resultado do DNA
Pais desconfiaram da troca e fizeram exame por conta própria. Caso ocorreu no Hospital de Urgências de Trindade, em Goiás
atualizado
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As famílias que tiveram os bebês trocados no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), na Região Metropolitana de Goiânia (GO), decidiram morar juntas na residência de um dos casais até que seja divulgado o resultado do exame de DNA. O material genético foi colhido na segunda-feira (29/07/2019).
As informações foram publicadas em reportagem do portal G1. Os bebês nasceram no dia 9 de julho, na capital goiana, com poucos minutos de diferença. Um dos pais, Genésio Vieira de Sousa, percebeu que o filho tinha olhos azuis e pele mais clara que a dele e da esposa.
Genésio e a mulher, Pauliana Maciel Aguiar de Sousa, decidiram, então, fazer um exame de DNA por conta própria. O exame indicou que eles não são os pais biológicos da criança.
Logo depois, outro casal, Murillo Marquez Praxedes Lobo e Aline de Fátima Bueno Alves, também suspeitou que o filho recém-nascido poderia ter sido trocado no hospital. Moradores de Santa Bárbara de Goiás, que fica a 27 km de Trindade, eles tiveram o bebê no mesmo dia e na mesma maternidade que Genésio e Pauliana.
Os pais aguardam a realização de um novo exame de DNA, que será feito com os pais e os dois bebês. Até o resultado sair, Murillo e Aline vão morar na casa de Pauliana, em Trindade.
Segundo a reportagem, em nota enviada no último domingo (28/07/2019), o hospital confirmou a troca dos bebês e disse que afastou quem estava trabalhando nas datas de nascimento e alta das mães e crianças. O Hutrin também informou que apura internamente o caso e está em contato com as famílias.
Após colher material para o exame, os casais foram à delegacia de Trindade para definir se os bebês seriam destrocados, mesmo antes do resultado. Os advogados das famílias disseram que psicólogas da Polícia Civil acompanharam a reunião e que o resultado do DNA deve sair ainda esta semana. Depois que essa etapa for resolvida, eles estudam pedir reparação para o hospital pelos danos causados.
Nos próximos dias, a polícia ainda vai ouvir funcionários do hospital. As investigações são conduzidas pela delegada Renata Vieira.