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Bolo envenenado: parente pede que suspeita “apodreça na cadeia”

Família estava reunida em um café da tarde quando seis pessoas passaram mal. Três morreram após comerem um bolo envenenado com arsênio

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Uma parente da família que comeu o bolo envenenado em 23 de dezembro de 2024 usou as redes sociais para comemorar a prisão de Deise Moura dos Anjos, suspeita de colocar arsênio na comida. Três integrantes da mesma família morreram, e outros três foram hospitalizados.

“Que você apodreça na cadeia”, escreveu a parente da família, em conta do Facebook, referindo-se à Deise. A suspeita está presa temporariamente.

Há diversas postagens de fotos da família, em momentos de descontração, na rede da moça, que diz ser prima da integrantes da família.

Deise é suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e uso de veneno, além de tripla tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras.

Marcos Vinicius, delegado responsável pelo caso, disse ao Metrópoles que a prisão temporária da investigada será mantida, após a audiência de custódia.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul segue investigando o caso. A principal suspeita é de que ela adicionou arsênio na farinha do bolo que todos iriam comer.

Relembre o caso

Três pessoas da mesma família morreram após comerem um bolo envenenado em 23 de dezembro de 2024. As vítimas foram Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59, filha e irmã de Neuza, respectivamente. O caso aconteceu em Torres, Rio Grande do Sul.

Outras três pessoas, incluindo uma criança, foram hospitalizadas, sendo uma delas Zeli dos Anjos, que se encontra estável. A suspeita de envenenar a farinha do bolo, Deise Moura é nora de Zeli e está presa.

A perícia informou que encontrou “concentrações altíssimas de arsênio” no corpo das vítimas, sendo “impossível tratar-se de uma concentração natural […] tratar-se apenas de uma receita de bolo”. Os exames de sangue, urina e o conteúdo estomacal apontaram para o envenenamento por arsênio.

Em coletiva nessa segunda (6/1), a polícia confirmou ter encontrado a mesma substância na farinha usada para o preparo do bolo.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) informou que Deise Moura teria feito pesquisas na internet sobre arsênio, a substância acrescentada no preparo do alimento.

Em nota enviada ao Metrópoles, o tribunal informou que, com depoimentos de familiares, foi possível identificar que a suspeita tinha atritos antigos com a sogra. “Foram extraídas informações de busca na internet pela acusada, inclusive no Google shopping, pelo termo ‘arsênio’ e similares.”

O Metrópoles tentou entrar em contato com a defesa de Deise, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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