Família enterra travesti como homem e causa revolta em Sergipe
“Lana foi desrespeitada pela família, que colocou até um bigode nela e a enterrou de terno”, lamenta a ativista Jéssica Taylor
atualizado
Compartilhar notícia
O movimento trans de Aracaju (SE) denunciou o fato de Alana, uma travesti, ter sido enterrada pela família como homem. A vereadora Linda Brasil (PSol) utilizou suas redes sociais para se posicionar sobre o assunto.
No Twitter, a vereadora disse que estava indignada e declarou que “não é porque é da família que há legitimidade para praticar transfobia deliberadamente”.
Confira:
Estou indignada! Acabei de saber que uma travesti faleceu e que, no velório, a família vestiu nela um paletó, gravata e fizeram barba e cavanhaque a lápis. Isso é um crime! Não é porque é da família que há legitimidade para praticar transfobia deliberadamente. #TransfobiaÉCrime
— Linda Brasil 🏳️⚧️ 💉 (@lindabrasilse) October 11, 2021
De acordo com o jornal O Globo, a ativista transexual Jéssica Taylor, dirigente da instituição Transunides, que distribui cestas básicas para a população trans, também se pronunciou e afirmou que a Lana, como Alana era chamada, foi abandonada pela família e estava depressiva.
“Lana foi desrespeitada pela família, que colocou até um bigode nela e a enterrou de terno, indo contra a sua identidade de gênero. A família não aceitava a orientação sexual dela”,. lamentou a ativista.
“Eu achei uma violência. Só quem é trans sabe o que já passou até conseguir assumir a identidade. Nem na grande despedida, que é a morte, ela foi respeitada. Lana morreu de tristeza”, completou.