Família e advogada de goianas presas embarcam para a Alemanha
As duas goianas estão presas na Europa há mais de um mês, depois que tiveram as malas trocadas por bagagens com cocaína em aeroporto
atualizado
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Goiânia – Familiares e a advogada das goianas que estão presas na Alemanha, há mais de um mês, após terem as malas trocadas por bagagens com drogas em um esquema envolvendo funcionários de um aeroporto, embarcaram para Frankfurt nessa segunda-feira (10/4), com o objetivo de dar suporte e acolhimento a Kátyna Baía e Jeanne Paollini.
A irmã de Kátyna Baía, Lorena Baía, a mãe de Jeanne e a advogada Luna Provázio embarcaram para a Europa com bagagens de mão. Segundo elas, a viagem tem o apoio da Polícia Federal e da embaixada brasileira na Alemanha.
Em uma postagem nas redes sociais, Lorena manifestou esperança na soltura da irmã. “Deus é amor, mas também é justiça. Ele é sempre justo, nunca age de forma desonesta e retribui a cada um aquilo que merece. Deus é o juiz que não comete erros. É nas mãos Dele que entregamos e esperamos”, escreveu ela.
Kátyna e Jeanne estão presas desde o último dia 5 de março, em uma penitenciária feminina de Frankfurt. De acordo com a advogada delas, a expectativas é de que as duas sejam liberadas em menos de 15 dias.
Esclarecimento
De acordo com o Ministro da Justiça, Flávio Dino, o caso das goianas deve ser resolvido “logo”. Segundo ele, a pasta está mobilizada no caso. Conforme a explicação de Dino, as informações que o ministério tinha foram encaminhadas por intermédio de Augusto Botelho, secretário Nacional de Justiça (SNJ), “para que elas tenham justiça por parte das autoridades alemãs”, garantiu.
“A SNJ, que é o órgão de colaboração central em relação ao judiciário internacional, fez essa oitiva, fez essa coleta de elementos, mandou ao Itamaraty, para que haja o esclarecimento definitivo e eu espero que seja nos próximos dias. Estamos acompanhando e vamos continuar acompanhando”, afirmou o ministro.
Novo esquema de tráfico
O caso foi revelado na terça-feira (4/4), após uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) para combater uma nova forma que traficantes estão usando para levar cocaína para a Europa.
Segundo as investigações, o grupo criminoso envia malas com cocaína do Brasil para a Alemanha. No entanto, no meio do caminho, integrantes do esquema trocam a etiqueta da bagagem com drogas por etiquetas de malas comuns, de passageiros inocentes.
Em imagens de câmeras de segurança reveladas nesze domingo (9/4), é possível ver o momento em que as goianas saem de casa com uma mala rosa e outra preta. Elas despacharam as bagagens no Aeroporto Santa Genoveva (GO), mas as etiquetas são trocadas na conexão que fizeram no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
Segundo a operação, policiais federais prenderam seis investigados que trabalham de forma terceirizada para companhias aéreas no Aeroporto de Guarulhos. Os nomes dos presos não foram divulgados.