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Família doará órgãos de mulher morta após reação a tinta de cabelo

Santa Casa de Catalão informa que equipe de captação aguarda resultado de novos exames necessários para a cirurgia de retirada

atualizado

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Catalão Karine
1 de 1 Catalão Karine - Foto: Reprodução: Facebook

A Santa Casa de Catalão, a 260 quilômetros de Goiânia, confirmou neste domingo (14/2) que familiares autorizaram a doação de órgãos da mulher de 34 anos com morte encefálica confirmada após reação alérgica grave a tintura de cabelo. Ela ficou três dias internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital.

O hospital concluiu, às 17h20 desse sábado (13/2), os protocolos de confirmação da morte da auxiliar administrativa Karine de Oliveira Souza após uma sequência de exames e avaliação de médicos neurologista e neurocirurgião. A unidade de saúde não informou a marca da tinta.

De acordo com as informações repassadas pela assessoria de imprensa da Santa Casa, Karine ainda está no hospital e a captação de órgãos dela deve ser realizada até segunda-feira (15/2), após finalização de exames necessários para realizar o procedimento cirúrgico. Somente assim os médicos saberão quais órgãos poderão ser doados.

Médicos entrevistam família

No fim da noite desse sábado, a equipe médica da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO) se deslocou de Goiânia a Catalão para entrevistar a familiares de Karine. Eles reafirmaram a autorização que já havia sido comunicada à Santa Casa logo após a confirmação do óbito.

A equipe médica da central voltará a Catalão para realizar a cirurgia de captação de órgãos na Santa Casa, assim que forem concluídos todos os exames necessários para o procedimento. Os detalhes da doação foram combinados com familiares de Karine. Segundo a assessoria, “os órgãos vitais dela continuam funcionando”.

Somente depois o corpo será liberado do hospital para a família realizar velório e sepultamento. A reportagem tentou ouvir familiares e amigos da auxiliar administrativa, mas não obteve êxito.

Confusão sobre a morte

O sofrimento da família se intensificou ainda na manhã desse sábado, depois de circular na internet informações equivocadas de que o hospital já havia confirmado a morte de Karine.

A confusão ocorreu porque, na manhã do dia anterior, a Santa Casa havia iniciado o primeiro protocolo, que, em seguida, não foi validado porque os sinais vitais da mulher estavam instáveis.

A assessoria explicou que o hospital começou novo protocolo de morte encefálica nesse sábado, às 9h, após os sinais vitais da mulher se estabilizarem.

Quatro horas depois, um neurologista analisou o caso e, somente com outro exame realizado às 17h, um neurocirurgião constatou o óbito, após conclusão de todos os procedimentos necessários.

Desespero no salão

Na quarta-feira (10/2), Karine passou mal logo após ter aplicado a tinta que ela própria levou para o salão de beleza. A mulher começou a sentir muita falta de ar e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros.

De acordo com a corporação, a ocorrência foi registrada às 18h40. Karine foi levada para o hospital após ter parada cardiorrespiratória e estava inconsciente, com a pele já azulada por causa da reação, sem respirar e sem pulso.

A equipe dos Bombeiros chegou a usar na vítima desfibrilador externo para que ela voltasse a ter batimentos cardíacos normais, mas não houve êxito.

Em seguida, Karine foi imobilizada e, durante o trajeto até o hospital, recebeu massagem torácica externa com ventilação manual.

Na santa casa, médicos prosseguiram com os procedimentos de reanimação, mas, diante da gravidade, ela teve de ser internada com urgência na UTI, em estado gravíssimo.

Primeira tintura no local

À TV Anhanguera, a cabeleireira que atendeu Karine disse que a cliente frequentava o salão de beleza, mas, segundo relatou, nunca havia pintado o cabelo no local, onde só fazia manicure e depilação.

A cabeleireira contou que, durante o atendimento, a auxiliar administrativa relatou que começou a sentir formigamento nas mãos e pediu para o produto ser retirado. Logo em seguida, ela começou a ter falta de ar, e os bombeiros foram acionados.

De acordo com o hospital, ela teve um choque anafilático.

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