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Família de esfaqueada em escola: “Sentiu o pescoço quente e correu”

Aluno que atacou colegas de turma com faca de cozinha foi transferido para unidade de emergência de saúde mental

atualizado

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Daniele Dutra/Metrópoles
Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes
1 de 1 Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes - Foto: Daniele Dutra/Metrópoles

Rio de Janeiro — A primeira vítima do estudante que desferiu facadas em três colegas de turma, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, nesta sexta (6/5), relatou ao padrasto que o agressor não falou nada antes de atacá-la.

“Minha enteada contou que uns meninos na turma estavam fazendo bullying com o garoto, mas ela não viu exatamente quem. Ela só sentiu algo quente no pescoço e saiu correndo”, contou o padrasto da aluna, que preferiu não se identificar, ao Metrópoles.

A menina de 14 anos sofreu golpes no pescoço e no braço. De acordo com o que disse à família, ela e os colegas atacados não praticavam bullying com o agressor e não sabem o motivo do crime.

“Ela estava sentada na frente dele e disse que o rapaz não falou nada antes das facadas. Assim que saiu correndo, viu que o menino tinha atacado sua amiga, que caiu no chão na mesma hora”, relatou o homem.

Quando o estudante foi golpear pela segunda vez a outra menina, com uma faca de cozinha, um menino tentou evitar o pior, segurou o agressor, mas acabou esfaqueado nas costas.

“As agressões só pararam quando o professor conseguiu imobilizar o rapaz na parede, com uma cadeira da sala de aula”, pontuou o padrasto. “Minha enteada jamais faria bullying com ele, mas relatou que era zoado pelos outros meninos, já que sempre ficava isolado, tinha cabelo comprido e usava bandana.”

Os três alunos do 8° ano esfaqueados na Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes têm 14 anos e passaram o dia recebendo atendimento em unidade de saúde, assim como agressor, que acabou ferido durante a ação.

Todos tiveram ferimentos leves, passam bem e receberam acolhimento psicológico durante a tarde. A tentativa de homicídio aconteceu na parte da manhã e, às 11h, todos já estavam no hospital.

Por volta das 18h, os três estudantes tiveram alta. A expectativa é que prestem depoimento na 37° DP ainda nesta sexta-feira (6/5).

O agressor acabou transferido para uma unidade de emergência de saúde mental, onde será atendido por uma equipe especializada e ficará em observação.

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