Família de Anderson do Carmo processa Flordelis e pede R$ 800 mil
A ex-deputada federal Flordelis foi condenada a 50 anos de prisão pelo assassinato do ex-marido Anderson do Carmo
atualizado
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A família do pastor Anderson do Carmo, assassinado em junho de 2019, entrou com um processo contra a sua ex-mulher Flordelis dos Santos de Souza, de 61 anos, por danos morais e pede uma indenização inicial no valor de R$ 800 mil.
A ex-deputada federal foi condenada na esfera criminal a 50 anos e 28 dias de prisão pela morte de Anderson. O pastor foi morto a tiros na casa da família em Niterói, no Rio de Janeiro. Flordelis é apontada como mandante do crime.
Entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) prevê pedido de indenização pelo sofrimento e os traumas provocados pelo assassinato de um ente querido.
O pai de Anderson e ex-sogro de Flordelis, Jorge de Souza, pede uma indenização de R$ 500 mil. Além disso, a irmã do pastor pede R$ 200 mil e a tia da vítima, que ajudou na criação do ex-marido da pastora, Nádia Henrique, solicita R$ 100 mil em ressarcimento pelos danos causados.
“A ‘indenização’ consiste numa compensação, numa tentativa de substituir o sofrimento por uma satisfação”, afirmou a equipe jurídica da família de Anderson.
No entanto, ao longo do processo o pai de Anderson do Carmo veio a falecer e, caso a ação seja concedida à família, o valor pedido será herdado pela filha Cláudia Maria.
“Pedimos uma liminar para bloqueio dos bens, mas a princípio não foi aceita de Tribunal, mas agora com a decisão do processo Criminal e a condenação da Flordelis, esperamos que estas questões sejam revistas e o judiciário possa atuar de forma célere a fim de evitar a dilapidação do patrimônio da Ré e garantir ao menos uma justa indenização aos familiares”, explicou a advogada da família, Renata Lobo.
Condenação de Flordelis
A ex-deputada foi condenada no último domingo (13/11) pela morte do ex-marido Anderson do Carmo. Flordelis respondia o processo por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Segundo o delegado da Delegacia de Homicídios de Niterói, Allan Duarte, responsável pelo caso, o crime foi motivado por questões financeiras ligadas à vida do casal.
“A principal motivação foi financeira. A gente percebeu que foram realizadas diversas tentativas de envenenamento com doses letais, e esse resultado não aconteceu antes por motivos alheios à vontade dos autores”, afirmou.