Família de adolescente denuncia guarda municipal e primos por estupro
O crime ocorreu em janeiro deste ano, em Alagoas, mas os pais só descobriram depois que a menor tentar tirar sua própria vida
atualizado
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Um crime de estrupo parou todo o estado de Alagoas: após ser violentada em janeiro, uma adolescente de 16 anos tentou tirar a própria vida. A família da jovem só tomou conhecimento do estupro após a tentativa de suicídio e logo procurou a Delegacia Regional de Matriz do Camaragibe, nesta segunda-feira (26/4).
Ao jornal Alagoas24Horas, a mãe da garota, que não foi identificada, disse ter sido pega de surpresa na sexta-feira passada (23/4), quando a garota ingeriu diversas medicações de uso controlado.
Devido à gravidade do estado de saúde, a adolescente precisou ser levada às pressas para o Hospital Regional do Norte e depoisfoi transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Com toda a situação, a jovem contraiu Covid-19 e precisou ser transferida para a UTI da Santa Casa de Maceió, onde está isolada.
A mãe, que também é comerciante na cidade, disse que o comportamento da filha mudou totalmente depois de janeiro, quando ela saiu de casa com uma amiga, guarda civil municipal de Porto de Pedras, e dois primos dela, que são de Recife e passavam férias no município.
Na ocasião, a mãe ainda conta que eles foram a uma festa, onde a menor teria sido drogada, levada para uma praia em São Miguel dos Milagres e depois estuprada pelos rapazes. A guarda municipal teria registrado tudo em vídeo.
A mãe ainda relata que, quando retornou, a filha não conseguia falar. No mesmo dia a amiga foi questionada sobre o que tinha ocorrido à adolescente e amenizou. “Desde esse dia minha filha ficou quieta demais, muito triste, não queria mais comer, nem sair. Só queria dormir. Ela foi ao psicólogo, ao psiquiatra e passou a tomar medicação controlada, mas nunca teve coragem de dizer o que tinha acontecido”, diz a comerciante.
“Só eu sei o sofrimento que estou passando. Minha filha linda, alegre e cheia de vida, está numa UTI e os culpados estão soltos. Eu quero que seja feita justiça”, contou a mãe.
