Família cria vaquinha para tratar câncer do filho do indigenista Bruno
O filho do indigenista morto em junho do ano passado foi diagnosticado com um neuroblastoma estágio 4
atualizado
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A família do indigenista Bruno Pereira, morto a tiros em junho de 2022, iniciou uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Vakinha para arrecadar fundos ao tratamento de Pedro Pereira, 5 anos, filho do ativista. A criança foi diagnosticada com um neuroblastoma estágio 4 — câncer infantil que cresce em partes do sistema nervoso.
Hoje, a luta do menino é para que a doença não se espalhe. O garoto precisa de um medicamento usado a esse fim. Porém, além de ser caro, o remédio não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até o momento, o esforço arrecadou R$ 16.205,89 e conta com 72 apoiadores ativos. A meta é alcançar R$ 2 milhões.
Quem é Bruno Pereira
Em junho de 2022, o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips desapareceram na região do Vale do Javari, na Amazônia. Pouco tempo depois, a polícia local encontrou remanescentes humanos na região, mas, antes que pudessem ser analisados, o Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, confessou envolvimento no crime, junto com o irmão Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos.
De acordo com a Polícia Federal (PF), a dupla matou os ativistas a tiros, queimou os corpos e os enterrou. As duas vítimas haviam se desentendido com o grupos que faziam pesca ilegal na região, que é o segundo maior território indígena do país e na qual há diversos conflitos envolvendo tráfico de drogas, garimpo ilegal e roubo de madeira.