Faltam 4,5 mil PMs e agentes carcerários no Rio
O sistema penitenciário do estado conta com 51 presídios e tem 4.600 agentes para vigiar 51 mil presos
atualizado
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O novo comando da Segurança do Rio terá de lidar com policiais e agentes penitenciários insatisfeitos. A principal demanda é pela regularização de salários e gratificações – as categorias ainda não receberam o 13.º salário de 2017. No caso dos presídios, um motim no domingo, 18 – o primeiro registrado em dez anos – e a afirmação dos servidores de que “não serão subservientes” à intervenção tornam o cenário mais tenso.
Há ainda um déficit de funcionários na PM e no sistema penitenciário – faltam 2 mil PMs, segundo a Polícia Militar, e 2,5 mil agentes penitenciários, de acordo com a categoria – a secretaria não revela números.
Como nas polícias, no sistema penitenciário, que conta com 51 presídios e tem 4.600 agentes para vigiar 51 mil presos, os servidores dizem se sentir tratados com descaso.
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta segunda-feira, 19, que a intervenção federal na segurança do Estado não implica o repasse de novos recursos para a área. O sucateamento da Polícia Militar e da Polícia Civil – que por causa da crise ficaram sem armas, carros, combustível e até papel – será resolvido pelo próprio governo e não pelo interventor. “Não vai entrar dinheiro nenhum para frota, para combustível, isso tudo estamos vencendo agora”, disse. “Mas a minha prioridade era pagar os salários dos policiais em dia. Acabamos de dar um aumento para todos eles. Agora vamos renovar a frota.”
O Diário Oficial do Estado publicou nesta segunda a exoneração do delegado federal Roberto Sá, ex-secretário de Segurança, que pediu demissão na sexta-feira, dia 16.