Falso advogado é preso suspeito de golpe de R$ 1 mi em aposentadorias
Segundo a polícia, os golpes somam até R$ 1 milhão. Na casa do falso advogado, que é CAC, foram apreendidas diversas armas e munições
atualizado
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Goiânia – Um falso advogado foi presos suspeito de aplicar golpes de até R$ 1 milhão com promessas de aposentadorias e ameaçar as vítimas, na capital goiana.
Segundo informações da Polícia Civil de Goiás, Alisson Beserra Santos, que também se apresenta como Sarimmer Mordachai, é dono de um barzinho na cidade, e também é colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC).
O homem foi detido na última sexta-feira (7/6). Na casa dele, a polícia apreendeu diversas armas de fogo, munições, uma granada de gás lacrimogêneo, uma caminhonete e uma motocicleta.
O suspeito foi preso preventivamente e é investigado por falsidade ideológica e estelionato, segundo a Polícia Civil (PC). A imagem dele foi divulgada pela polícia para colaborar nas investigações.
De acordo com o delegado responsável pela investigação do caso, Daniel José de Oliveira, as vítimas do falso advogado são pessoas vulneráveis, que ele teria conhecido em um supermercado em 2023. Na ocasião, Alisson se apresentou como advogado e disse que ajudaria no processo de aposentadoria.
Segundo o delegado, as duas vítimas são uma mulher analfabeta e a filha dela que tem câncer. Conforme a explicação dele, as duas são muito simples, humildes e o homem chegou a se relacionar com a filha.
O CAC teria se aproveitado da confiança que conquistou das vítimas. De acordo com a polícia, ele pedia os documentos pessoais delas e que elas assinassem contratos e documentos, além de abrir contas bancárias nos nomes delas. Alisson emitia cheques nos nomes delas e elas acabaram negativadas.
Falso advogado com cheques sem fundo
O golpe foi descoberto após pessoas denunciarem que receberam cheques com assinatura falsa e sem fundos. Segundo Oliveira, o prejuízo às vítimas chega a R$ 1 milhão.
Ainda conforme o investigador, o CAC usava as armas para intimidar as pessoas que o procuravam para cobrar os cheques e contratos não pagos.
De acordo com a PCGO, além da mãe e filha, existem outras vítimas que receberam os cheques sem fundos e, por isso, o delegado acredita que o prejuízo pode ser maior.
Já sobre as armas apreendidas, Oliveira afirmou que, apesar de Alisson ser CAC, a polícia não identificou se elas são regulares.