Falsa pediatra suspeita de sequestrar bebê alega surto durante crime
Claudia Soares, responsável pelo sequestro de uma recém-nascida na terça-feira (23/7), havia preparado um quarto para a criança
atualizado
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A médica neurologista Claudia Soares Alves, 42 anos, responsável pelo sequestro de um recém-nascido na noite de terça-feira (23/7), havia preparado um quarto com decoração e objetos infantis. Segundo as autoridades policiais, Claudia alegou ter tido um surto psicótico no momento do crime.
Ela se passou por pediatra em um hospital do Triângulo Mineiro, e fugiu do local após o sequestro, mas acabou sendo presa.
“No momento da prisão, ela relatou que estava em surto psicótico, mas não acreditamos devido às condições que encontramos o local. Ela tinha todo o enxoval, carrinho de bebê, fraldas e leite. Então, acreditamos que ela tenha planejado esse crime. Na realidade, após o sequestro, ela já tinha um quarto preparado, algumas coisas estavam no porta-malas do veículo, mas ela já tinha em casa todo um suporte para receber essa criança”, explicou o delegado Carlos Fernandes à CNN.
A polícia informou que a médica avisou ter entrado em um surto psicótico quando sequestrou a criança, depois de “não ter feito o uso da medicação”.
A suspeita é médica graduada pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, em novembro de 2004, tendo finalizado a residência em neurologia na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, em novembro de 2011. Claudia mantém uma clínica em Itumbiara, cidade de Goiás.
O que diz a defesa
Em nota enviada ao Metrópoles a defesa da suspeita explicou que a acusada é “portadora de transtorno afetico bipolar e, no momento dos fatos, se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de discenir a natureza inadequada e/ou ilícita de suas atitudes”.
“A defesa técnica da médica Claudia Soares Alves, por intermédio do advogado que a representa, Dr Vladimir Rezende, e em atenção às inúmeras solicitações da imprensa acerca dos motivos que teriam desencadeado o ilícito de sequestro de incapaz amplamente noticiado em rede nacional na presente data, esclarece que irá demonstrar em juízo que a acusada é portadora de transtorno afetivo bipolar e, no momento dos fatos, se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de discernir a natureza inadequada e/ou ilícita de suas atitudes”, declarou.