Falsa pediatra: relembre outros de sequestro de crianças no Brasil
Em meio ao caso da falsa pediatra que roubou uma bebê em Minas Gerais, relembre outros casos de crianças sequestradas no Brasil
atualizado
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Após uma bebê ser sequestrada em um hospital em Uberlândia (MG), nessa terça-feira (23/7), pela médica Claudia Soares Alves, de 42 anos, que se passou por pediatra da unidade de saúde, o tema sequestro de bebês ganhou destaque.
A mulher foi presa nesta quarta-feira (24/7), em Goiânia (GO), e autuada em flagrante por sequestro qualificado. O recém-nascido foi devolvido à família. Relembre os casos de crianças sequestradas no Brasil.
Caso Pedrinho
Um dos casos mais emblemáticos foi o de Pedrinho que, inclusive, inspirou a criação do conhecido personagem Nazaré Tedesco, de Aguinaldo Silva.
O recém-nascido foi sequestrado 13 horas depois do parto, quando a mãe, Maria Auxiliadora Rosalino, estava sozinha no quarto 10 de um hospital em Brasília, e uma mulher indentificando-se como assistente social afirmou que estava levando o bebê para realizar exames. A mulher foi identificada, posteriormente, como Vilma Martins Costa. A criança permaneceu com ela por 16 anos.
Vilma criou Pedrinho com o nome de Osvaldo Borges Júnior, em Goiânia. Apenas no dia 8 de novembro de 2002, 16 anos depois do rapto, o exame de DNA foi feito e confirmou que o menino era filho de Maria Auxiliadora e Jairo Braule.
Caso Marco Aurélio
No ano de 1985, um escoteiro, Marco Aurélio, foi sequestrado quando tinha 15 anos em uma trilha no Pico dos Marins, em Piquete (SP), a cerca de 200 quilômetros da capital São Paulo. O grupo que o acompanhava afirmou que ele desceu a trilha sozinho após um colega ter se machucado e nunca mais foi encontrado.
Depois de quase 40 anos do desaparecimento, o caso segue em aberto e sem respostas, pois ainda não há pistas concretas sobre o que aconteceu com o menino. A Polícia Civil não descarta nenhuma possibilidade e continua investigando o desaparecimento.
Caso Bruna Marques Melo
Bruna Marques Melo brincava com os irmãos, quando uma caminhonete passou entregando panfletos de circo na frente da casa dela. As crianças entraram para mostrar o papel à mãe, mas Bruna nunca mais foi vista. Ela desapareceu em Frutal, Minas Gerais, em outubro de 2009. Até hoje ela não foi encontrada.
Caso Filipe Francisco Lopes Dantas
Filipe Francisco Lopes Dantas nasceu em um hospital de Santos (SP), no dia 17 de abril de 2001. Três dias após seu nascimento, Silvânia Clarindo Souza se disfarçou de enfermeira, entrou no hospital e retirou Filipe dos braços da mãe com o argumento de que iria levá-lo para fazer exames.
O menino foi registrado pela sequestradora como Alisson de Souza e só foi encontrado dois anos e nove meses depois, em uma favela de Guarujá (SP), e então foi devolvido aos pais biológicos.
Caso Matheus Almeida
Matheus Almeida foi sequestrando no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, no dia 30 de agosto de 1997, quando sua mãe Kênia Almeida tinha apenas 17 anos. A sequestradora estava vestida de enfermeira e pediu para levar o bebê ao berçário para trocar a roupa. Desde então, a mãe nunca mais teve notícias do filho.
Atualmente, Kênia briga por uma indenização milionária que a unidade de saúde foi condenada a pagar. A polícia encerrou o inquérito por falta de indícios de autoria do crime. O processo criminal foi arquivado em 2002 por falta de provas e nunca surgiram pistas novas sobre o menino ou a sequestradora.