Antes de raptar bebê em Minas, médica tentou adoção ilegal na Bahia
Investigações da Polícia Civil apontaram que médica que foi presa planejava conseguir uma criança desde o início do ano
atualizado
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A falsa pediatra que sequestrou uma recém-nascida em Uberlândia tentou “captar” um bebê antes do crime cometido em Minas Gerais. A informação é do delegado da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) Anderson Pelágio, que concluiu o inquérito do caso na última sexta-feira (2/8).
Conforme as investigações, a médica Claudia Soares Ferreira esteve em Salvador para tentar conseguir uma criança. “(Ela) tentou captar algum recém-nascido de pessoas pobres, vulneráveis, que de alguma forma quisessem ali a realização de adoção ilegal, a famosa adoção à brasileira”, afirmou Pelágio.
Veja o que disse o delegado:
O delegado também contou que Claudia já planejava desde o início deste ano a adoção ilegal. “Desde o mês de maio, ela já anunciava para amigos e familiares próximos que estava grávida.” Para justificar a compra de itens de enxoval, ela divulgava que estava gestante.
Como não atingiu o objetivo de conseguir uma criança em Salvador, a médica se dirigiu para Uberlândia, onde raptou a recém-nascida de um casal. Com a conclusão do inquérito, Claudia foi indiciada por falsidade ideológica e tráfico de pessoas, por ter acolhido, “mediante fraude” o recém-nascido.
Graduada em Medicina, Claudia se formou pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro e finalizou residência em neurologia.
O caso
Claudia sequestrou, dentro do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em 23 de julho, uma bebê. Para ter acesso aos pais da criança e levar a bebê, a médica se apresentou como pediatra na unidade de saúde, onde também forneceu nome e CPF falsos.
Depois disto, a criança foi localizada em poder da mulher em Itumbiara (GO), na divisa com Minas Gerais.