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Falsa biomédica é indiciada por homicídio após morte de modelo do DF

Segundo a delegada, crime era investigado inicialmente como lesão corporal, no entanto, houve a mudança de tipificação

atualizado

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Imagem colorida de Grazielly da Silva Barbosa - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Grazielly da Silva Barbosa - Metrópoles - Foto: Reprodução

Goiânia – Após três meses de investigação, a Polícia Civil de Goiás concluiu o inquérito sobre a morte da influencer brasiliense Aline Maria Ferreira, de 33 anos. A empresária Grazielly da Silva Barbosa foi indiciada por homicídio com dolo eventual. Ela é dona da clínica de estética Ame-se, na capital goiana, onde a modelo fez um procedimento para aumentar o bumbum.

Em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (3/10), a delegada Débora Melo informou que a perícia encontrou PMMA no corpo da influencer. Além disso, foi comprovado que Grazielly realizou o atendimento de Aline em situação de privação de sono e após uso de substâncias psicotrópicas.

Veja fotos da modelo brasiliense:

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Ela morreu após passar por um procedimento estético na clínica Ame-se, em Goiânia (GO)
O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
Segundo parentes de Aline, ela teve uma infecção generalizada após aplicação de PMMA nos glúteos
Testemunhas informaram à polícia que modelo começou a passar mal logo após intervenção estética feita pela falsa biomédica Grazielly Barbosa, em Goiânia (GO), em 23 de junho de 2024
Parentes de Aline lembraram que ela voltou para casa, no Gama (DF), e começou a sentir febre e dor na barriga
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A influenciadora digital Aline Maria Ferreira, 33 anos, morreu nessa terça-feira (2/7)

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Ela morreu após passar por um procedimento estético na clínica Ame-se, em Goiânia (GO)

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O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)

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Segundo parentes de Aline, ela teve uma infecção generalizada após aplicação de PMMA nos glúteos

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Testemunhas informaram à polícia que modelo começou a passar mal logo após intervenção estética feita pela falsa biomédica Grazielly Barbosa, em Goiânia (GO), em 23 de junho de 2024

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Parentes de Aline lembraram que ela voltou para casa, no Gama (DF), e começou a sentir febre e dor na barriga

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Família entraram em contato com a clínica, que recomendou apenas remédio para dor de cabeça

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Segundo relatos, influencer ficou internada de bruços, com as nádegas para cima, e nenhum medicamento dado no hospital surtia efeito

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“Na noite anterior ao antendimento da Aline, registros no celular da investigada mostram que ela estava em uma festa e ficou acordada até as 7h. Ela começou a conversar com a Aline às 10h. Ela não dormiu”, destacou a delegada.

O atendimento de Aline teria durado apenas 20 minutos. Ela morreu em 2 de julho deste ano, cerca de 9 dias após a realização dos procedimentos com Grazielly.

Interferência no atendimento

De acordo com a delegada, logo após o atendimento, a influencer retornou a Brasília. No dia seguinte, ela começou a passar mal e apresentar intercorrências como dores e febre.

Segundo Débora, a influenciadora entrou em contato com Grazielly e foi convencida a não procurar o hospital. “A Aline só foi ao hospital três dias depois, e essa demora custou a sua vida”, explicou Débora Melo.

No hospital, Aline recebeu a visita de Grazielly, que interferiu no atendimento aplicando uma injeção anticoagulante na paciente, sem autorização dos médicos, da família e sem conhecimento técnico para tal, já que ela não era biomédica, como se apresentava.

Veja fotos da clínica de Grazielly em Goiânia:

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Clínica onde influencer fez procedimento antes de morrer

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Conforme explicação da investigadora do caso, a dona da clínica não tinha nenhuma formação acadêmica na área da medicina e fez apenas cursos livres sobre estética, que não são aprovados pelo MEC. A mulher atuava de forma ilegal desde 2019.

Indiciada

Grazielly, presa em flagrante em 3 de julho, segue em prisão domiciliar. Segundo a investigadora, ela foi indiciada pelos seguintes crimes:

* Homicídio com dolo eventual
* Exercício ilegal da medicina
* Execução de serviço de alta periculosidade
* Falsificação de produto farmacêutico
* Indução do consumidor ao erro

Agora, de acordo com Débora, os inquéritos foram remetidos ao Judiciário e caberá ao Ministério Público de Goiás a mudança de tipificação do crime ou não.

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