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Fake news do Pix e norma da Receita: os primeiros desafios de Sidônio

Novo ministro-chefe da Secom de Lula, Sidônio Palmeira assume o cargo em meio a problemas na comunicação governamental

atualizado

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O publicitário Sidônio Palmeira, que fez o marketing da campanha eleitoral vitoriosa do presidente Lula (PT) em 2022, assume a comunicação oficial do governo com uma grande responsabilidade: tentar reverter a tendência de aumento na reprovação do governo. E o novo chefe da Secom já senta na cadeira que era de Paulo Pimenta em meio a uma crise que envolve seu setor, que é uma onda de notícias falsas sobre a taxação do Pix e a insatisfação em torno que uma informação real, a ampliação da fiscalização da Receita sobre movimentações financeiras.

O resumo da ópera:

  • Lula trocou o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) de seu governo. Saiu Paulo Pimenta e entrou Sidônio Palmeira, que foi seu marqueteiro de campanha em 2022.
  • Sidônio assume no momento em que o governo sofre com uma onda de ataques a uma nova norma da Receita Federal, que obriga instituições financeiras a relatarem ao Leão transferências por Pix e outros meio que superarem R$ 5 mil (no caso de pessoas físicas) e R$ 15 mil (no caso de pessoas jurídicas).
  • Além do temor de trabalhadores informais de serem enquadrados na malha-fina da Receita, a norma foi manipulada com a notícia incorreta de que o próprio Pix passaria a ser taxado.

A situação é considerada grave no governo e Sidônio, que já era um conselheiro informal de Lula, vinha atuando em busca de soluções para a crise desde antes de assumir formalmente o cargo de ministro, na terça (14/1).

Tentando rebater a desinformação sobre o Pix, Lula e seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgaram vídeos no final da última semana desmentindo que vá haver taxação no sistema de pagamento on-line que se tornou o favorito dos brasileiros.

“Imposto sobre o Pix: mentira. Imposto sobre quem quer comprar dólar: mentira. Imposto sobre quem tem animal de estimação: mentira”, disse Haddad em seu vídeo.

9 imagens
Ele foi indicado pelo presidente Lula
O novo ministro da Secom, Sidônio Palmeiras, com o antigo ocupante do cargo, Paulo Pimenta

A arapuca da norma da Receita

Para além das notícias abertamente falsas sobre o Pix, Sidônio terá trabalho para explicar e justificar a nova norma da Receita que está assustando os brasileiros que não têm empregos formais e, portanto, não têm o Imposto de Renda recolhido já na fonte de pagamento.

Na versão da Receita, não há aperto na fiscalização e o que foi feito foi cobrar de operadoras de cartão de crédito, fintechs e instituições de pagamento virtuais o que já era exigido de bancos tradicionais: fornecer informações sobre as movimentações de seus clientes.

A Receita garante que quem não caía na malha-fina até agora não vai passar a cair com as mudanças e que o objetivo é combater grandes sonegadores e não pequenos e micro empreendedores.

Já o que está na boca do povo e tem sido muito explorado pela oposição a Lula é que o Leão está criando maneiras de apertar o cerco contra quem não recolhe todos os impostos devidos.

“É uma grande tarefa”, admitiu o novo chefe da Secom após assumir o cargo. “Não existe mudança, não vai se cobrar nada. Isso é uma atitude criminosa, causa sérias consequências para quem tem comércio, negócio, quem já passa dificuldade e fica com receio por causa da fake news”, seguiu ele, na primeira conversa com jornalistas após virar ministro.

O novo ministro também insistiu no plano de tornar a comunicação do governo “mais digital” e fazer com que as ações positivas cheguem ao conhecimento da população.

Plano de ação

Para além da crise do Pix e da Receita, Lula está cobrando seus ministros – e não só de Sidônio – por medidas com capacidade para alavancar a popularidade do governo. Alguns já estão oferecendo opções e sugerindo a ampliação do alcance de programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida, o Pé-de-Meia para a formação de professores e a saída do país do Mapa da Fome ainda em 2025.

O governo planeja ainda tirar do papel a promessa de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil.

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