metropoles.com

Fachin dá 5 dias para Bolsonaro explicar reunião com diplomatas

Presidente Jair Bolsonaro (PL) disparou uma série de ataques às urnas eletrônicas em apresentação a embaixadores

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Clauber Cleber Caetano/Planalto/PR
homem discurssando pra pessoas sentadas
1 de 1 homem discurssando pra pessoas sentadas - Foto: Clauber Cleber Caetano/Planalto/PR

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, determinou, nesta quinta-feira (21/7), que o presidente Jair Bolsonaro e o partido do qual faz parte, o PL, se manifestem, em até cinco dias, sobre os ataques às urnas eletrônicas proferidos em apresentação a embaixadores.

A medida de Fachin atende a pedido do PDT. Na terça-feira (19/7), o partido solicitou exclusão do vídeo da apresentação de Bolsonaro das redes sociais.

Além de Bolsonaro, o PDT e o pré-candidato Ciro Gomes, autores da representação, deverão se manifestar no prazo determinado.

A reunião do mandatário com embaixadores de aproximadamente 40 países ocorreu na segunda-feira (18/7), no Palácio da Alvorada. Na ocasião, Bolsonaro voltou a lançar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

Por mais de 45 minutos, o chefe do Executivo federal também criticou o TSE e afirmou que seu governo está empenhado em apresentar uma “saída” para as eleições deste ano.

No despacho publicado nesta quinta-feira, Fachin solicitou explicações de todas as partes envolvidas no pedido de exclusão do vídeo, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e a empresa Facebook, onde as imagens da reunião estão divulgadas.

“Da leitura da petição inicial extrai-se da causa de pedir que os fatos retratados indicam que a anduzida prática de desinformação volta-se contra a lisura e confiabilidade do processo eleitoral, marcadamente, das urnas eletrônicas”, pontuou o ministro. Fachin se manifestará sobre a exclusão das imagens apenas após a explicação das partes envolvidas no caso.

Na reunião com estrangeiros, o chefe do Palácio do Planalto repetiu argumentos já desmentidos por órgãos oficiais e reiterou que as eleições deste ano devem ser “limpas” e “transparentes”.

“Nós queremos, obviamente, estamos lutando para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro”, declarou. “Nós queremos corrigir falhas. Queremos transparência. Nós queremos democracia de verdade.”

13 imagens
A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
1 de 13

Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

Felipe Menezes/Metrópoles
2 de 13

A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

Igo Estrela/Metrópoles
3 de 13

A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

Rafaela Felicciano/Metrópoles
4 de 13

“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

Reprodução
5 de 13

“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

Rafaela Felicciano/Metrópoles
6 de 13

Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

Reprodução/Youtube
7 de 13

Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

Igo Estrela/Metrópoles
8 de 13

Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

Igo Estrela/Metrópoles
9 de 13

Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

Daniel Ferreira/Metrópoles
10 de 13

Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

Rafaela Felicciano/Metrópoles
11 de 13

Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
12 de 13

Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

Cleber Caetano/Presidência da República
13 de 13

Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

Igo Estrela/Metrópoles

Posicionamento

Logo após o fim do evento com embaixadores, o próprio presidente do TSE, Edson Fachin, disse, sem citar Bolsonaro, que muitos “buscam, sem muito disfarce, diluir a própria República e a constitucionalidade”.

Participantes

Levantamento realizado pelo Metrópoles, divulgado nessa quarta, aponta que somente três dos 10 parceiros comerciais do Brasil mais expressivos foram à reunião.

Dos 10 maiores importadores do país, apenas os Estados Unidos, a Holanda e a Espanha confirmaram ter enviado representantes ao encontro com Bolsonaro.

Os participantes foram o encarregado de negócios norte-americano, Douglas Koneff, o embaixador espanhol em Brasília, Fernando Garcia Casas, e o conselheiro de negócios da Holanda, Remon Boef.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?