Facebook retira do ar rede de contas ligadas ao MBL
De acordo com a rede social, as páginas tinham “propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”
atualizado
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O Facebook retirou do ar nesta quarta-feira (25/7) uma rede de páginas e contas ligadas a coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL). A ação é parte da política de combate a notícias falsas. De acordo com a rede social, uma rede coordenada usava contas falsas no Facebook para disseminação de conteúdos sem deixar claro a origem da informação “com propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”.
Segundo o comunicado, Facebook diz que desativou 196 páginas e 87 contas no Brasil por sua participação em “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”. A mensagem não identifica as páginas ou usuários envolvidos.
O MBL disse, pelo Twitter, que o Facebook “já ligou para alguns coordenadores para oferecer conselhos de marketing e (que) agora excluiu esses mesmos coordenadores acusando-os de serem perfis falsos”. De acordo com o movimento, o Facebook acaba de banir da plataforma diversos coordenadores “sem explicação nenhuma”.
O @facebook acaba de banir da plataforma diversos coordenadores do MBL sem explicação nenhuma.
— Mov. Brasil Livre (@MBLivre) 25 de julho de 2018
Fontes afirmam que a rede era administrada por membros “importantes” do MBL. O grupo ganhou destaque ao liderar protestos em 2016 pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff, cassada no mesmo ano. De acordo com a Reuters, os representantes do MBL não responderam as perguntas enviadas pela reportagem.
As páginas desativadas, que juntas tinham mais de meio milhão de seguidores, variavam de notícias sensacionalistas a temas políticos, com uma abordagem claramente conservadora, com nomes como Jornalivre e O Diário Nacional, de acordo com as fontes.
O Facebook tem enfrentado pressão para combater as contas falsas e outros tipos de perfis enganosos em sua rede. No ano passado, a empresa reconheceu que sua plataforma havia sido usada para o que chamou de “operações de informação” que usaram perfis falsos e outros métodos para influenciar a opinião pública durante a eleição norte-americana de 2016, e prometeu combater as fake news.
O MBL usou a conta oficial no Twitter para se pronunciar sobre o acontecido. Segundo eles ocorreu censura por conta do perfil ideológico do movimento.
Também há no artigo da Reuters a acusação de “Fake News”, sem apontar o que nem quando. Acusações vazias que o MBL já era alvo faz tempo.
— Mov. Brasil Livre (@MBLivre) 25 de julho de 2018
Enquanto isso páginas de esquerda que verdadeiramente geram divisão e pregam “morte à burguesia” e coisas do tipo continuam de pé.
— Mov. Brasil Livre (@MBLivre) 25 de julho de 2018
Em nota o movimento afirma que estão sendo “perseguidos” pela rede social.
Nota sobre a censura no Facebook pic.twitter.com/KRpoVlsrmf
— Mov. Brasil Livre (@MBLivre) 25 de julho de 2018