Facebook, Google e Twitter criticam MP assinada por Bolsonaro
Presidente quer alterar legislação e diminuir a possibilidade das plataformas removerem conteúdos da internet
atualizado
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O Google, o Facebook e o Twitter divulgaram, na noite desta segunda-feira (6/9), comunicados em que criticam a medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que pode mudar o Marco Civil da Internet e limitar a remoção de conteúdo das redes sociais.
Em nota, o Facebook avaliou que o texto limita de forma significativa a capacidade de conter abusos nas plataformas, “algo fundamental para oferecer às pessoas um espaço seguro de expressão e conexão online”, defende a plataforma. “O Facebook concorda com a manifestação de diversos especialistas e juristas, que afirmam que a proposta viola direitos e garantias constitucionais.”
Já o Google ressaltou, também em nota, que não seguir as diretrizes de conteúdo representa um risco para as pessoas. “Essas diretrizes existem para que possamos garantir uma boa experiência de uso e preservar a diversidade de vozes e ideias características da plataforma”, afirmou. “Continuaremos trabalhando para demonstrar a transparência e a importância das nossas diretrizes, e os riscos que as pessoas correm quando não podemos aplicá-las.”
O Twitter defendeu o Marco Civil da Internet e afirmou que a medida do presidente vai contra um amplo e democrático processo de discussão com a sociedade civil.
Entenda
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou uma medida provisória (MP) que altera o Marco Civil da Internet. O texto, segundo o governo federal, garante “liberdade de expressão nas redes sociais“.