Facções do Rio de Janeiro suspendem bailes e reforçam quarentena
Grupos usaram as redes sociais para alertar a importância do isolamento social em tempos de coronavírus
atualizado
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Traficantes do Rio de Janeiro usaram as redes socais para cancelar bailes funks com o objetivo de conter a transmissão do novo coronavírus. Pelo Twitter, o grupo “Complexo do Chapadão” disse que a doença é uma “parada muito séria” e que os eventos estão suspensos enquanto perdurar a crise.
“Essa praga desse vírus vem se espalhando pela cidade e essa parada é muito séria, e enquanto não tivermos uma tranquilidade, o baile estará suspenso”, alertou, o grupo.
A determinação teve início na última sexta-feira (20/03) e vai até o próximo fim de semana, segundo um dos grupos. Em um dos anúncio do cancelamento de uma festa que aconteceria da favela Palmerinha, uma faixa preta com o aviso de “cancelado” cobre as atrações, que usam máscaras.
Na favela de Acari, o grupo dominante pediu a colaboração de todos para evitar aglomerações. “Devido a atual situação dessa pandemia de coronavírus em toda a região, não terá evento neste sábado. Pedimos a colaboração de todos: evitar aglomerações, som altos e bares. Grato, a diretoria agradece”, informou, pelo Twitter.
Nessa segunda-feira (23/03), traficantes usaram um alto-falante na Cidade de Deus para ameaçar quem quebrar a ordem de isolamento. Esta foi a primeira favela a ter um caso de coronavírus confirmado.
“Venho aqui a pedido da diretoria das áreas 15, 13, AP e Karatê. Iremos fazer toque de recolher porque ninguém está levando a sério. Quem estiver na rua de sacanagem ou batendo perna vai receber um corretivo e vai ficar de exemplo. É melhor ficar em casa de molho. O recado já foi dado”, dizia o recado gravado.
O Rio de Janeiro já tem 370 casos confirmados de Covid-19 e oito mortes. (Com informações do jornal Extra)