Facção proíbe presos de postarem fotos e vídeos de dentro das cadeias
No comunicado divulgado pelo Whatsapp, os criminosos também vetam quatro tipos de roubo: a pedestres, de carros, ônibus e celular
atualizado
Compartilhar notícia
Presos ligados a uma das facções criminosas que comandam o tráfico de drogas e armas em favelas do Rio de Janeiro estão proibidos de divulgarem fotos e vídeos em redes sociais. A “norma”, segundo o jornal Extra, vem de detentos que estão no Presídio Jonas Lopes de Carvalho, conhecido como Bangu 4, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, e também de traficantes que não estão presos.
De acordo com o jornal, que confirmou as informações com fontes no sistema prisional, integrantes do grupo criminoso escreveram um comunicado, que foi compartilhado pelo Whatsapp no início desta semana.
O texto deixa claro que quem postar fotos ou vídeos em mídias sociais será banido da facção. O grupo proibiu também quatro tipos de roubo: a pedestres, de carros, ônibus e celular. “Esses tipos de crimes covardes não serão permitidos pela facção”, diz o texto.
A nova regra chega cerca de um mês depois que começou a circular pela internet uma selfie feita por um traficante dentro do complexo prisional. Na foto, criminosos aparecem fazendo o símbolo da quadrilha, o número três, com as mãos. Segundo o Extra, um dos presos que posou para a foto é Márcio da Silva Lima, o Tola, chefe do tráfico em Senador Camará. Ele aparece no canto esquerdo da imagem.O traficante e o preso que tirou a foto foram encaminhados para o presídio de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecido como Bangu 1, também no Complexo de Gericinó. Os outros detentos que aparecem na imagem continuam em Bangu 4, mas foram colocados no isolamento. Segundo a Seap, todos sofreram sanções disciplinares. Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).