Fábrica no RN começa produção de roupas para a Shein em julho
Segundo Marcelo Claure, da Shein, expectativa é que chinesa passe a produzir em duas mil fábricas brasileiras, gerando 100 mil empregos
atualizado
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O diretor-presidente da Coteminas, Josué Gomes, anunciou nesta quinta-feira (29/6) que uma fábrica do Rio Grande do Norte começará a produzir, a partir de julho, peças de roupa que serão vendidas pela empresa chinesa de e-commerce Shein.
O anúncio foi feito após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto. Também participaram do encontro a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), o chefe da Shein na América Latina, Marcelo Claure, e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais).
“Viemos aqui com a governadora Fátima porque estaremos começando agora, no mês de julho, a produção de peças do vestuário para o mercado doméstico nacional brasileiro e para toda a região através do Rio Grande do Norte”, disse Gomes.
Segundo ele, a produção ocorrerá em uma fábrica localizada no município de Macaíba e focará, a princípio, na confecção de jeans e malhas de algodão. Não foram informados números sobre a produção no estado.
De acordo com Marcelo Claure, da Shein, a expectativa é que a chinesa passe a produzir em duas mil fábricas brasileiras, o que poderia gerar 100 mil empregos no país. Não há prazo, porém, para a implementação da proposta, que deve contar com um investimento na ordem de US$ 150 milhões.
Em abril, a Shein anunciou que investiria R$ 750 milhões no Brasil nos próximos anos para criar uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil do país.
Shein
O carro-chefe do negócio da Shein é a venda pelo aplicativo, que em 2021 foi um dos mais baixados do mundo. Segundo levantamento do BTG Pactual, somente no Brasil, a empresa vendeu mais de US$ 2 bilhões em 2022. Também no ano passado, o aplicativo foi o mais baixado na indústria da moda no país, com 23,8 milhões de downloads.
O modelo de negócios da Shein é é focado em roupas e acessórios, que são lançados no aplicativo e, conforme a demanda pelo produto cresce, a companhia passa a fabricar mais unidades das peças que tiveram grande volume de compras.
Pela grande quantidade de peças lançadas em pouco tempo, a Shein enfrenta críticas de consumidores mais preocupados com o meio ambiente, já que o processo de fabricação de roupas, principalmente em larga escala, gera muitos impactos ambientais.
Também há críticas sobre a falta de transparência sobre a mão de obra da empresa, que enfrenta suspeitas de trabalho escravo.