Fábrica de anabolizantes adulterados patrocinava influencers, diz PCGO
Segundo PCGO, o chefe da fábrica levava vida de luxo. Grupo criminoso teve R$ 31 milhões bloqueados com venda ilegal de anabolizantes
atualizado
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Goiânia – Investigação da Polícia Civil de Goiás mostra que a fábrica responsável pela produção, revenda e distribuição de anabolizantes adulterados patrocinava os maiores influencers do segmento fitness do país. O estabelecimento produzia duas marcas de esteróides e, segundo a corporação, tem o perfil mais seguido do ramo nas redes sociais.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Jorge Bezerra, o chefe do esquema, que foi preso, é influente nas redes sociais e também usava seu perfil para vender os produtos. Porém, a apuração apontou que ele fazia o uso de anabolizantes, mas não dos produtos que ele mesmo fabricava. O nome dos influenciadores e das marcas não foram divulgados.
A quadrilha foi desarticulada nessa quarta-feira (26/4) em uma operação do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Anápolis, município cerca de 55 km da capital goiana. Segundo a corporação, era a maior fábrica de anabolizantes ilegais do Brasil.
Vida de luxo
Conforme a Polícia Civil, o suspeito de chefiar o grupo criminoso levava uma vida de luxo. O suspeito morava em um condomínio de Goiânia, cujo aluguel custa R$ 19 mil. De acordo com Bezerra, o homem adiantou dois anos do pagamento pela mensalidade da residência e, no total, teve mais de R$ 31 milhões sequestrados nas contas dos envolvidos, referentes a todo o faturamento no país.
O homem também tinha carros de luxo, entre eles uma BMW, e joias. Além do suspeito de chefiar o grupo, outras 16 pessoas acabaram presas suspeitas de integrarem o esquema. Segundo o delegado, o grupo usava um tempero de cozinha, como colorau, para mudar a cor do produto e simular a testosterona sintética.
Investigação
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a investigação começou há cerca de um ano. A corporação estima que cerca de 40 pessoas façam parte da quadrilha.
Na primeira fase da operação, chamada de “Operação Bomb”, foram presos os principais integrantes, que ocupavam a liderança, cargos de gerentes, coordenadores de produção e produtores. Também foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, a maioria deles em Anápolis, um deles em Goiânia e outro em Silvânia.