Fábio Faria diz que Pfizer fez exigências difíceis para poucas vacinas
Ministro das Comunicações afirmou que farmacêutica ofereceu “pingos” de imunizantes para o Brasil e outros países
atualizado
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O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), afirmou nesta quinta-feira (13/5) que o governo federal não comprou vacinas da Pfizer em 2020 pela “pouca quantidade” oferecida.
O ministro disse ainda que o fato de as exigências feitas pela fabricante americana “não serem simples” pesou na decisão, uma vez que dependiam da aprovação do Congresso Nacional. As declarações foram feitas ao UOL.
Faria criticou a Pfizer e afirmou que a empresa priorizou os Estados Unidos e Israel e ofereceu apenas “pingos” de vacina para os outros países. Segundo ele, o contrato não foi fechado pois “não era simples fazer tudo aquilo para uma quantidade pequenas [de vacinas]”.
“Naquele momento, foram oferecidas ao Brasil 70 milhões de doses para 2021, 80% seriam para o segundo semestre, e a exigência que eles pediam tinha que ter autorização do Congresso”, disse o ministro das Comunicações.
O primeiro contrato para compra de vacinas com a Pfizer só foi fechado em março deste ano. No entanto, a farmacêutica afirma que a primeira proposta foi feita em agosto de 2020.
O Metrópoles teve acesso à íntegra da carta enviada pela Pfizer ao governo federal em 12 de setembro de 2020, em que a fabricante cobra uma resposta do governo brasileiro sobre a oferta de vacinas.
O documento, endereçado ao alto escalão do Palácio do Planalto, foi entregue pelo ex-secretário de Comunicação Social Fabio Wajngarten aos senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nessa quarta (12).
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve, nesta quinta, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. O gestor será questionado sobre as tratativas iniciais com o governo federal a respeito da aquisição de vacinas produzidas pela farmacêutica e todo o processo até que, enfim, foram assinados os contratos com o Brasil.