Fã diz que foi agredido ao tentar entregar chapéu para Gusttavo Lima
Homem denuncia que foi agredido e enforcado por seis seguranças e recebeu gás lacrimogêneo no rosto ao pedir ajuda para policiais em Goiânia
atualizado
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Goiânia – Um fã do cantor Gusttavo Lima, de 33 anos, disse que foi agredido por seis seguranças durante o show Buteco do Gusttavo Lima, que aconteceu na capital goiana, no último sábado (2/9), no estacionamento do Estádio Serra Dourada. De acordo com o homem, ele foi enforcado por seguranças que trabalhavam no local quando tentou entregar um chapéu para o artista.
Segundo o fã, que preferiu não se identificar, ao pedir ajudar para os policiais militares que estavam no local, ele ainda foi atingido com gás lacrimogêneo no rosto.
Até o momento, a assessoria do cantor não se manifestou sobre o caso.
“Mata-leão”
De acordo com o homem, ele tentou se aproximar do cantor para entregar o chapéu e foi abordado pelos seguranças para que saísse do local. Ele disse ainda que sofreu um golpe mata-leão e está todo machucado após o episódio.
“Eu estava na área embaixador [em frente ao palco], a Maiara e Maraísa já tinham pegado o meu chapéu e me devolveram. Eu queria muito entregar para o Gusttavo, tentei ir até ele, mas no caminho um homem que estava bêbado me segurou, eu pedi licença, mas ele chamou os seguranças do evento”, disse o fã ao portal G1.
“Vieram 6 seguranças. Me deram um mata-leão. Estou todo machucado no pescoço e nas costas, quase quebraram meu braço, meu braço está imóvel”, completou o rapaz.
Segundo o denunciante, os seguranças de uniram para tirá-lo do evento, e durante o trajeto para a saída, foi enforcado e teve os dois braços colocados para trás.
“Se eu não entendesse de artes marciais, eu tinha morrido. Por várias vezes eu falei que não estava respirando. Pegaram meus óculos, meu chapéu e meu copo que eu tinha comprado no evento”, desabafou.
B.O.
O fã, de 33 anos, ainda informou que ao ser colocado para fora do evento, viu uma viatura da Polícia Militar (PM) e foi até os policiais para pedir que um boletim de ocorrência fosse aberto sobre as agressões. Segundo o fã, os policias se recusaram a abrir e pediram que ele aguardasse o próximo dia útil para que ele pudesse procurar a Polícia Civil.
Após se negaram a fazer o B.O., o denunciante afirmou que filmou a viatura e os policiais para registrar a situação, no entanto, teve o celular tomado pelos militares e a gravação apagada.
“Ele tomou o celular da minha mão, deletou o vídeo. Eu tomei o celular da mão dele, e nesse momento ele jogou o gás lacrimogêneo no meu rosto. Saí desesperado, não conseguia enxergar. Quanto mais eu chorava, mais ardia os meus olhos”, contou.
A Polícia Militar informou, em nota, que orienta o denunciante a procurar a corregedoria da instituição, para identificar os envolvidos e apurar os fatos. Afirmou ainda que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e nem com a prática de atos ilegais.