Extremista circulou em Goiás após quebrar relógio histórico no Planalto
Cláudio trabalha em uma oficina de veículos em Catalão e chegou em Brasília de madrugada para participar de invasão no Palácio do Planalto
atualizado
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Funcionário de uma oficina de veículos em Catalão (GO), Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, investigado pela Polícia Federal (PF) por ter quebrado um relógio histórico no Palácio do Planalto, foi visto circulando no município goiano após os atos terroristas.
O vândalo chegou em Brasília na madrugada do dia 8 de janeiro e estacionou o veículo no Eixo Monumental. Ele deixou o local por volta das 20h do mesmo dia e chegou em Catalão na madrugada do dia 9.
O veículo ainda foi visto circulando na cidade alguns dias depois. A última vez que o carro foi captado por câmeras de segurança de Catalão foi no dia 18 de janeiro.
Segundo o delegado Jean Carlos Arruda não se sabe se Cláudio está no município. A Polícia Civil de Goiás monitorou o carro de Cláudio, um Gol branco 1998, mas a investigação do caso está sendo feita pela PF.
Antecedentes criminais
Claudinho, como é conhecido, foi autuado em flagrante no ano de 2014 por receptação, que é o ato de receber algo que seja produto do crime.
Já em 2017, ele foi autuado em flagrante durante uma abordagem eventual, por estar portando uma pequena quantidade de maconha, segundo o delegado de Catalão, Jean Carlos Arruda.
Os dois casos já foram arquivados pelo Tribunal de Justiça e Cláudio não deve mais nada à Justiça.
➡️Ataques no DF: vídeo mostra homem destruindo relógio de Balthazar Martinot
Imagens obtidas pelo Fantástico flagraram o homem destruindo o histórico e raríssimo relógio de Balthazar Martinot.
Leia: https://t.co/0UA60f5Tnp pic.twitter.com/Q3nWJlEf7M
— Metrópoles (@Metropoles) January 16, 2023
Relógio histórico
O relógio de pêndulo do século 17 foi um presente da Corte Francesa para dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor do item é considerado fora do padrão.
Imagens divulgadas pelo Fantástico no dia 15 de janeiro mostram o momento em que Cláudio destrói o relógio e em seguida tenta destruir uma câmera de monitoramento, dando golpes com um extintor de incêndio. Duas ligações anônimas para a polícia auxiliaram na identificação de Cláudio.