Extração e comércio ilegal de ouro são alvos de operações da PF
Empresário da Guiana é suspeito de usar empresas de fachada no Brasil para movimentar R$ 80 milhões em ouro contrabandeado
atualizado
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A extração e o comércio ilegal de ouro são alvos de duas operações da Polícia Federal (PF) deflagradas na quinta (6/7) e sexta-feira (7/7). As ações foram deflagradas nos estados de Rio de Janeiro e Roraima.
Nesta sexta-feira, em Roraima, a PF desencadeou a Operação Vanglória. A investigação refere-se a um grupo suspeito de utilizar empresas de fachada no comércio ilegal de ouro. As atividades ilegais teriam movimentado mais de R$ 80 milhões, segundo a PF.
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos por determinação da 4ª Vara da Justiça Federal de Roraima. As investigações tiveram origem em uma denúncia sobre um empresário da Guiana que atuaria no ramo de exploração de garimpos em seu país.
No Brasil, esse empresário seria o proprietário de uma empresa, que, no papel, comercializaria gêneros alimentícios. Porém, no endereço registrado, segundo a PF, funciona uma concessionária de veículos.
A suspeita é de que, usando um sócio brasileiro, o empresário esteja movimentando valores por meio de outras empresas de fachada. Uma dessas companhias, que não tem atividade no endereço registrado, teria movimentado mais de R$ 60 milhões no comércio de insumos hospitalares.
A PF busca esclarecer se os valores movimentados têm origem em atividades de contrabando de ouro da Guiana ou se o empresário estaria explorando ilegalmente minas em áreas indígenas no estado de Roraima.
Rio de Janeiro
A Operação Mercúrio cumpriu mandados de busca e apreensão, na quinta-feira (6/7), no município de Trajano de Moraes, Região Norte do Rio de Janeiro. O objetivo era combater a exploração e extração ilegal de ouro na região.
Durante as diligências, um homem acabou preso em flagrante no momento em que fazia a extração ilegal de ouro no rio Grande. Ele estava em uma embarcação e fazia uso de mercúrio, metal pesado que pode contaminar o solo, a água e o ar.
A embarcação e o material utilizado pelo suspeito, bem como o celular dele, foram apreendidos pela PF. Ele poderá responder por crimes ambientais, usurpação de bem público da União e crimes ambientais.