Explosões em usina deixam ao menos 20 metalúrgicos intoxicados no Rio
Causas do acidente ainda são investigadas pelo Corpo de Bombeiros. Ainda não se sabe o estado de saúde das vítimas
atualizado
Compartilhar notícia
Explosões na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, deixaram ao menos 20 funcionários intoxicados nesta quarta-feira (15/05/2019). Uma grande nuvem de fumaça encobriu o céu do município fluminense. As causas do acidente ainda são investigadas pelo Corpo de Bombeiros.
A CSN informou que houve uma reação que provocou um deslocamento de ar durante a retirada de escória da panela de aciaria, e os funcionários que estavam no local inalaram pó. “Os colaboradores que estavam no local foram atendidos pela equipe médica da CSN e encaminhados preventivamente para atendimento hospitalar”, destaca o texto.
Nas primeiras horas da manhã, moradores da redondeza da CSN escutaram estouros. “Fui acordada agora pouco com um susto muito grande de um barulho muito intenso como o de uma explosão vindo da CSN. Logo me deparei com essa fumaça escura e densa e, logo em seguida, dava para ouvir sons como de carros de bombeiro e de socorro”, publicou Maria Lúcia Oliveira.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, o acidente aconteceu no setor de aciaria, onde o ferro-gusa é convertido em aço. Cerca de 50 pessoas estavam no local na hora da explosão.
Os casos mais graves foram encaminhados para o Hospital das Clínicas de Volta Redonda. Os demais foram atendidos pelo departamento médico da empresa. “A empresa está prestando toda a assistência aos colaboradores e investigando as causas da ocorrência”, destaca a CSN, em nota. A unidade médica ainda não divulgou boletim com o estado de saúde das vítimas.
Desde 2015, acidentes do tipo vêm se repetindo na usina. Um metalúrgico chegou a ter 85% do corpo queimado e morreu. Já ocorreram explosões por falha mecânica e curto circuito em um transformador.
A empresa promete fazer uma grande reforma no alto forno 3 da usina em junho, que vai deixar o equipamento parado durante 60 dias.
Em março, pelo menos sete metalúrgicos receberam atendimento de emergência após uma forte explosão, seguida de densos rolos de fumaça cinza, no mesmo local do acidente desta quarta.
De acordo com a direção da siderúrgica, os colaboradores foram levados apenas por precaução ao hospital, por terem inalado fumaça.