Explosivo colocado em caminhão perto do aeroporto é para destruir rochas, diz perito na CPI
A CPI ouve, nesta quinta (22/6), agentes da Polícia Civil do DF que atuaram na tentativa de explosão de uma bomba em Brasília
atualizado
Compartilhar notícia
Em oitiva na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro, o perito Renato Carrijo, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), afirmou, nesta quinta-feira (22/6), que a bomba encontrada em um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília é industrial e utilizada em pedreiras para destruir rochas.
O colegiado também ouve, nesta quinta, George Washington de Oliveira Sousa, condenado a 9 anos e 4 meses de prisão, sob suspeita de plantar um explosivo em um caminhão-tanque. Também prestarão depoimento os investigadores que atuaram na operação: perito da PCDF Valdir Pires Dantas Filho, perito Renato e delegado Leonardo de Castro.
Carrijo estava de plantão na data da tentativa de atentado, em 24 de dezembro de 2022: “É um explosivo industrial, geralmente utilizado em pedreiras para rompimento de rochas”, destacou.
“Não tenho informação técnica e precisa sobre [como é feito] o controle, mas eu entendo de legislação. Os produtos perigosos, principalmente os explosivos, são de uso controlado. E é o Exército quem controla parte dos produtos – e eu estou me referindo à emulsão, que foi o que eu encontrei”, disse o perito.
“Emulsões utilizadas em pedreiras são controladas pelo Exército, e são distribuídas apenas, se eu não estiver muito enganado, para CNPJs, ou seja, empresas que trabalhem diretamente com fim do uso explosivo. Então, não é um indivíduo qualquer que pode adquirir esse explosivo”, explicou Renato.
CPI
A CPMI começou a rodada de oitivas na terça-feira (20/6), com o depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.