Experiência em “setor competitivo” motivou novo indicado à Petrobras
Servidor da Economia, Caio Mário Paes de Andrade foi indicado à presidência da estatal pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida
atualizado
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Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (21/6), o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que a indicação de Caio Paes de Andrade à presidência da Petrobras foi realizada devido à “experiência” que o servidor público tem em “setores competitivos”.
A audiência ocorre dias após o então presidente da estatal, José Mauro Coelho, pedir demissão do cargo. A renúncia foi anunciada em meio ao novo reajuste realizado pela Petrobras no valor do diesel (14,26%) e da gasolina (5,18%) nas refinarias.
Servidor do ministério da Economia, Caio Mares Paes de Andrade deve ser nomeado ainda nesta semana. Nesta terça, Sachsida disse que “respeita” o ex-presidente José Mauro Coelho, mas que a experiência de Andrade em “setores competitivos” será positiva para a estatal.
“Respeito o ex-presidente José Mauro. Tão logo assumi como ministro, achei por bem promover uma troca na empresa, porque acredito que é o momento de aumentar a competição. Não há como ajudar o consumidor brasileiro com a estrutura atual. A empresa tem um enorme poder de mercado de um lado, e do outro ela ora é estatal, ora é privada” afirmou.
De acordo com Sachsida, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, chegou-se à conclusão de que era o momento de a Petrobras se preparar para um cenário mais competitivo.
“Em um cenário de mais competição acho adequada a troca do presidente. Por isso, indiquei o dr. Caio Paes de Andrade, uma pessoa com experiência em setores muito competitivos, para levar para a Petrobras essa experiência de competição, de valorização da marca”, declarou o ministro.
As declarações foram dadas em meio ao embate entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o Congresso Nacional contra a Petrobras, devido à elevação no valor da gasolina e do diesel.
De acordo com o ministro, o preço dos combustíveis é uma “decisão da empresa, não do governo”. “Nós temos marcos legais que impedem a intervenção do governo uma empresa, mesmo o governo sendo acionista majoritário”, disparou.
Mudanças na estatal
Após intensa pressão do governo que o nomeou há dois meses, José Mauro Coelho renunciou, na segunda-feira (20/6), da presidência da Petrobras. Ele foi substituído interinamente pelo até então diretor-executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges.
Ao colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que o novo indicado do governo para a presidência da empresa, Caio Mario Paes de Andrade, deveria assumir “em dois ou três dias”.
Enquanto isso, segue circulando no Congresso a ameaça da criação de CPI para investigar a política de preços da empresa, que segue paridade compulsória com o mercado internacional desde 2017, graças a regras pró-mercado criadas no governo de Michel Temer (MDB).
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