Exército vai gastar R$ 80 mil em bonecos do Rambo, diz revista
Após a polêmica do leite condensado, desta vez o Exército vai gastar, segundo a Veja, R$ 730 mil em brindes e materiais para fotografia
atualizado
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O Exército brasileiro deve gastar cerca de R$ 730 mil em brindes e materiais para fotografia, o que incluiria bonecos em soldados em miniatura do filme Rambo, sucesso do cinema protagonizado pelo ator Sylvester Stallone.
A informação foi divulgada pela revista Veja. Segundo a reportagem, a lista de compras do Exército inclui 110 kits para churrasco, com uma maleta de alumínio, gravação a laser na tampa e o brasão do Exército. Os kits custarão R$ 18,4 mil. Já os bonecos em miniatura do Rambo custarão, segundo a reportagem, R$ 80 mil. Também estão na lista canetas, bonés e placas de todo o tipo.
A compra está sendo feita pelo Batalhão Mauá, em Araguari (MG). Segundo a reportagem, os produtos devem ser distribuídos para outras unidades do Exército.
Em nota enviada ao Metrópoles, o Ministério da Defesa negou a compra dos bonecos em miniatura e dos outros produtos citados na reportagem. “Foi divulgado apenas o aviso da intenção de uma Ata de Registro de Preços, relacionada à aquisição destes produtos. Este aviso foi revogado menos de 24 horas após o seu lançamento, por iniciativa da própria unidade militar. Ou seja, não houve sequer a abertura do Pregão Eletrônico no Sistema de Divulgação Eletrônica de Compras (SIDEC), conforme pode ser comprovado no próprio Sistema e no Diário Oficial desta segunda-feira (15)”, diz a publicação.
Polêmica do leite condensado
Reportagem exclusiva divulgada pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base do Painel de Compras atualizado em janeiro pelo Ministério da Economia, mostra que, no último ano, todos os órgãos do Executivo pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos — um aumento de 20% em relação aos pagamentos de 2019. Para a reportagem, foram considerados apenas os itens que somaram mais de R$ 1 milhão e comprados nos últimos dois anos.
Além do tradicional arroz, feijão, carne, batata frita e salada, no “carrinho” estiveram incluídos biscoitos, sorvete, massa de pastel, leite condensado — que associado ao pão forma uma das comidas favoritas do presidente —, geleia de mocotó, picolé, pão de queijo, pizza, vinho, bombom, chantilly, sagu e até chiclete.
Para alguns órgãos, a conta custou mais e o cardápio foi bem mais variado. A maior parte das compras e o montante mais alto é ligado ao Ministério da Defesa. Foram mais de R$ 632 milhões com alimentação. A compra de vinhos, por exemplo, que somou R$ 2.512.073, 59, foi quase toda bancada por eles.