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Exército não podia julgar acampamento, diz general Dutra na CPI do 8/1

General Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto, presta depoimento nesta quinta-feira (14/9)

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O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto, presta depoimento nesta quinta-feira (14/9) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

Enquanto respondia as perguntas dos parlamentares, Dutra afirmou que o Exército não tinha competência para dizer se o acampamento em frente ao Quartel General, em Brasília, era “legal ou ilegal”. “As instâncias competentes não o fizeram”, afirmou.

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Gustavo Henrique Dutra ao lado do presidente da CMPI do 8/1, Arthur Maia
O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes
O general Dutra presta depoimento na CPMI do 8/1
A senadora Eliziane Gama cumprimenta o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes
Dutra é ex-comandante do Comando Militar do Planalto
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General Henrique Dutra presta depoimento na CPMI dos atos golpistas

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Gustavo Henrique Dutra ao lado do presidente da CMPI do 8/1, Arthur Maia

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O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes

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O general Dutra presta depoimento na CPMI do 8/1

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A senadora Eliziane Gama cumprimenta o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes

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O ex-comandante do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes

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Gustavo Henrique Dutra presta depoimento na CPMI do 8/1

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General Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-comandante do Comando Militar do Planalto

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Busto do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-comandante do Comando Militar do Planalto

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O general disse não ter impedido o desmonte do acampamento, que também definiu como “pacífico”. “Nós trabalhamos de maneira extremamente sinérgica com os órgãos de segurança pública”, defendeu.

Dutra contou à CPMI que o Exército observou “intensa desmobilização” do acampamento em frente ao QGEx na semana do dia 2 de janeiro. “No dia 6 de janeiro, o público era sobretudo de pessoas com vulnerabilidade”, afirmou.

“As pessoas que participaram dos atos chegaram sobretudo em ônibus, no dia 7”, relatou.

O general do Exército era o responsável por chefiar os arredores do Comando Militar do Planalto (CMP), onde militantes bolsonaristas montaram acampamento por quase dois meses. O acampamento só foi desocupado na manhã do dia 9 de janeiro, um dia após os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes. Mais de 1,2 mil pessoas foram presas na ação.

Em sua fala inicial à CPMI, Dutra negou que tenha atrapalhado a desmontagem do acampamento bolsonaristas. Ele pontuou que, em 9 de janeiro, o CMP cumpriu “integralmente” uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para desmontar as estruturas.

Convocação

A convocação do general aconteceu após oito parlamentares protocolarem requerimentos pelo seu depoimento. Destes oito requerimentos, seis vieram de parlamentares da oposição. O senador Eduardo Girão (Novo-CE), por exemplo, diz que o CMP não foi incluído na estratégia de segurança para a data, apesar de ter oferecido suas tropas. A afirmação foi feita pelo general à Polícia Federal (PF).

Por sua vez, parlamentares do governo como o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) e a deputada Duda Salabert (PDT-MG) afirmam que o Exército agiu ativamente para impedir o desmonte do acampamento montado em frente ao Quartel General em Brasília.

General já disse que acampamento não atrapalhava

Na madrugada do 8 de janeiro a tropa de Choque da Polícia Militar (PM) foi mobilizada para desmontar o acampamento bolsonarista, mas foi surpreendida por integrantes do Exército, que fizeram uma barreira para proteger os manifestantes e impedir a desmobilização no local. A Força chegou a usar dois blindados para cercar as estruturas montadas pelos golpistas.

Em depoimento à CPI do 8 de janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Dutra disse que não era atribuição do CMP interferir no acampamento, porque os manifestantes não atrapalhavam o “dia a dia do quartel”. Além disso, o general também afirmou que o Exército não teria recebido ordem judicial para desmontar o acampamento antes do dia 8.

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