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Exército é o principal cliente brasileiro de empresa do FirstMile

Operação Vigilância Aproximada, da Polícia Federal, chamou a atenção para o uso de programas espiões, como o FirtMile

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Desfile militar _ cerimonia no qg do exercito pelo dia do soldado
1 de 1 Desfile militar _ cerimonia no qg do exercito pelo dia do soldado - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os desdobramentos da Operação Vigilância Aproximada, que está buscando revelar usos políticos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante gestão de Jair (PL) na presidência, estão chamando a atenção para o uso de um programa espião, o FirtMile.

E, apesar de o uso do programa pela Abin estar em destaque, dados do Portal da Transparência mostram que é o Exército o principal cliente brasileiro da Cognyte, empresa israelense proprietária do FirstMile. (Veja a tabela abaixo)

 

Desde 2014, ainda no governo da petista Dilma Roussef, o comando do Exército vem fazendo repasses à empresa israelense pelas tecnologias de segurança ofertadas, e, durante o período de Michel Temer, do MDB, na presidência (2016-2018), a antes Verint Systems Ltd, hoje Cognyte Technologies Israel Ltd, multiplicou o faturamento em 23 vezes no Brasil.

De acordo com os dados, o faturamento da empresa israelense saltou de R$ 2,6 milhões, em 2014, para R$ 60,8 milhões, com contratações deitas pelo Exército, Abin, Polícia Rodoviária Federal e Ministério da Justiça, entre maio de 2016 e dezembro de 2018. No governo atual, a empresa já recebeu R$ 11,6 milhões, sendo o Exército e a Aeronáutica os principais clientes.

Todos esses valores se referem à compra de equipamentos e tecnologias de vigilância, monitoramento, espionagem e contratos de manutenção, treinamentos e serviços correlatos. Do total de R$ 127,6 milhões, a Abin representa apenas 11,5% do total. Já o Exército, por outro lado, pagou R$ 87,5 milhões a eles, 65% de todo gasto público na empresa. (Confira a tabela abaixo)

Outro ponto de destaque é o valor gasto pela Polícia Rodoviária Federal. Na época comandada por Silvinei Vasques, ex-Diretor Geral da PRF e atualmente em prisão preventiva devido a investigação por interferência na eleição de 2022, foi responsável por 14,4% de todos os pagamentos. Maior inclusive do que os valores da Abin.

No Brasil, a empresa israelense é representada pela Cognyte Brasil SA, sediada no centro de Florianópolis, capital de Santa Catarina.

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