“Exemplo para brasileiros”, diz membro da Mocidade sobre Elza Soares
Em 2020, Elza Soares foi homenageada em desfile da escola de samba, da qual já cantou samba-enredos e participava ativamente
atualizado
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A Mocidade Independente de Padre Miguel decretou luto de três dias em homenagem a Elza Soares, que morreu nesta quinta-feira (20/1), aos 91 anos. Rodrigo Coutinho, que é assessor de imprensa da escola de samba do Rio de Janeiro e conviveu com a cantora, disse que ela “é um exemplo para todo brasileiro”.
Ele revelou que a última vez que falou com a artista foi há cerca de três meses. “Estávamos fechando a participação dela no desfile deste ano. Ela seria destaque em uma das alegorias, estávamos decidindo a cadeira em que ela iria desfilar, o horário”, contou.
No Carnaval de 2020, Elza foi homenageada pela Mocidade. Aos 89 anos, desfilou como destaque do último carro alegórico, e o enredo da agremiação contou a história de sua vida.
No Carnaval de 2020, Elza foi homenageada pela Mocidade. Aos 89 anos, a cantora desfilou como destaque do último carro alegórico, e o enredo do desfile foi a história de sua vida.Rodrigo conta que ela tinha uma “energia muito diferente” e destaca sua trajetória de vida.
“Uma pessoa que venceu muitas barreiras na vida, uma mulher negra, de favela, abandonada muito nova, que não tinha nem roupa para ir ao programa de televisão e ser caloura, e mesmo assim conseguiu encaminhar a carreira. E passar por tudo que passou depois, ao longo da vida, e morrer em plena atividade. Foi homenageada pela escola de coração, teve musical com bilheteria estourada contando a vida dela, fez show lotado em tudo quanto é lugar, lançou música. Uma pessoa que tem que servir de exemplo para todo brasileiro”, afirmou ao Metrópoles.
“Há muito tempo ela convive com a escola, era cantora da escola, morava atrás da quadra, até demorou a acontecer a homenagem. Quando aconteceu, em 2020, ela ficou muito animada, se dispôs a ajudar, participou ativamente, mesmo bem idosa”, contou Coutinho.