Executiva do PV quer expulsar deputados que votaram para soltar Brazão
Deputados federais Jadyel Alencar (PV-PI) e Luciano Amaral (PV-AL) votaram pela soltura de Chiquinho Brazão
atualizado
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A Executiva Nacional do Partido Verde (PV) se posicionou favorável à abertura de processo administrativo disciplinar para expulsar os deputados federais Jadyel Alencar (PV-PI) e Luciano Amaral (PV-AL). Os políticos votaram pela revogação da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018.
A Executiva alega que o voto dos parlamentares vai contra os valores e a ética da sigla. “A conduta dos parlamentares, ao votar contra orientação da Federação Brasil da Esperança, causa espanto e não representa os valores desta legenda”, alega a Executiva, em nota.
O caso ainda será avaliado pelo Conselho de Ética da sigla, no entanto, a Executiva destaca que a decisão pode ser substituída e dispensada pelo entendimento do colegiado.
Segundo a Executiva, os deputados solicitaram a saída da legenda, mas o pedido ainda não foi formalizado. Não é a primeira vez que os parlamentares votam contra o entendimento formalizado pela sigla. Eles também foram a favor ao Marco Temporal nas terras indígenas.
O Metrópoles tentou contato com os deputados citados, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.
Prisão de Chiquinho Brazão
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nessa quarta-feira (10/4), a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão. Foram 277 votos favoráveis, 129 contrários e 28 abstenções.
Chiquinho foi preso pela Polícia Federal (PF) em 24 de março por suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, no Rio de Janeiro.