Exame confirma que babá dopou criança de 3 anos com Rivotril
Letícia Diz Ramos Queiroz Leoni foi indiciada por tentativa de homicídio. A menina de três anos ficou internada por dois dias
atualizado
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Os relatórios do atendimento médico de uma criança de 3 anos comprovaram a sua intoxicação por Clonazepan, que é o princípio ativo do Rivotril, medicamento adulto usado para combater ansiedade, convulsão e epilepsia. A menina teria sido dopada pela babá que cuidava dela, Letícia Diz Ramos Queiroz Leoni, de 43 anos.
A mulher está presa preventivamente e vai responder por tentativa de homicídio. Após denúncia, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão e encontrou vários medicamentos tarja preta na casa da suspeita. O próprio Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) indicou que a criança apresentava sinais de ter consumido Clonazepam.
De acordo com a delegada Renata Ribeiro, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente de Minas Gerais, a mãe da vítima contou ter contratado Leoni há cerca de dois meses para trabalhar como folguista, nos fins de semana, na casa da família. Ela teria notado que a filha estaria demonstrando sonolência, dentre outros sintomas.
“Em uma das ocasiões, a mãe da criança flagrou a babá colocando o Clonazepan em um suco. Questionada, ela teria dito que se tratava apenas de um fitoterápico para acalmar a menina”, contou a delegada. A mulher então acionou o Samu e levou a menina para o hospital, onde ela ficou internada por dois dias.
“O uso desse e de outros remédios psiquiátricos poderia ter causado danos irreversíveis a criança, levando até mesmo a sua morte. Nosso apelo, então, é para que as pessoas tenham cuidado ao contratar profissionais para cuidar de nossos bens mais preciosos — os filhos”, alertou a delegada segundo reportagem da revista Época.