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Ex-vereador que propôs Dia do Patriota: “Poderia ser no dia 7/9”

Alexandre Bobadra, que propôs Dia do Patriota, teve mandato cassado por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação

atualizado

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Alexandre Bobadra -Reprodução/Instagram
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1 de 1 Alexandre Bobadra -Reprodução/Instagram - Foto: Alexandre Bobadra -Reprodução/Instagram

O ex-vereador Alexandre Bobadra (PL), que propôs o Dia Municipal do Patriota, afirmou que se arrepende de ter escolhido o dia 8 de janeiro para a solenidade e que preferia ter colocado a comemoração no 7 de setembro, quando se comemora a Independência do Brasil.

“Se pudesse voltar no tempo, colocaria no dia 7 de setembro. O projeto é bacana, é legal, mas poderia ser dia 7 de setembro”, afirmou Bobadra, em entrevista ao portal GZH.

Há duas semanas, Alexandre Bobadra teve o mandato cassado, em segunda instância, por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão foi confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul em 15 de agosto, que tornou nulos os votos recebidos por ele. O vereador é forte apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No início de agosto, a Câmara de Porto Alegre aprovou a inclusão do Dia Municipal do Patriota em seu calendário, dirigida pelo presidente da Casa, Hamilton Sossmeier (PTB). O projeto de lei não justifica a escolha do dia 8 de janeiro para a celebração.

Repercussão do Dia Municipal do Patriota

Após o aval da nova data comemorativa, líderes políticos pediram a anulação do projeto. No Twitter, o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, condenou a data.

“O dia 8/1 deveria ser considerado o dia do golpista ou da tentativa de criar uma ditadura no país. Não deveria ser considerado o ‘dia do patriota ou o dia da democracia’, conforme aprovado em Porto Alegre. Esperamos que o STF derrube tal decisão”, publicou o ministro.

Eliziane Gama (PSD) também se pronunciou. Segundo a senadora, instituir o dia 8 de janeiro como Dia do Patriota é uma “afronta ao Estado Democrático”. “É perturbador ver promoção de evento q/ feriu a democracia e que entrou para capítulo das histórias mais tristes. Pátria é Nação, é Cidadania. 8/1 foi data de golpismo, de atentado contra instituições.”

A decisão foi criticada também por deputados federais como Guilherme Boulos (PSOL-SP), Tabata Amaral (PSB-SP) e Túlio Gadêlha (Rede-PE).

A Procuradoria-Geral da República entendeu que o Dia do Patriota, que recebeu aval do Prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), é inconstitucional e uma afronta ao regime democrático. O caso agora será distribuído ao Ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Além do pedido de liminar para a suspensão imediata da lei, a PGR requer que sejam solicitadas manifestações do prefeito da Capital, Sebastião Melo (MDB), do presidente da Câmara de Vereadores, Hamilton Sossmeier (PTB) e da Advocacia-Geral da União.

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