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Ex-vereador é indiciado por racismo em razão de áudio sobre bancada do PSol

Na mensagem, Valter Nagelstein fala sobre a nova composição da Câmara, afirmando que recém eleitos da sigla não têm experiência profissional

atualizado

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Valter Nagelstein
1 de 1 Valter Nagelstein - Foto: REPRODUÇÃO/ INSTAGRAM

O ex-vereador Valter Nagelstein (PSD) foi indiciado, nesta terça-feira (9/2), por racismo qualificado em uma investigação da Polícia Civil que apurou um áudio enviado por ele a um grupo de apoiadores.

Na mensagem, Nagelstein fala sobre a nova composição da Câmara, afirmando que os recém eleitos do PSol, “muitos deles jovens, negros”, não têm “nenhuma tradição política, nenhuma experiencia e têm pouquíssima qualificação formal”. As informações são do GauchaZH.

De acordo com Andrea Mattos, titular da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, o político incitou as pessoas para as quais enviou o áudio a pensar como ele.

“Os critérios que identificam a discriminação racial resultam da conjugação de dois fatores. A primeira é a motivação orientada pelo preconceito e a outra é a finalidade de submeter a vítima a situações de diferenciação quanto ao acesso e gozo de bens, serviços e oportunidades. Que é exatamente o que a gente vê aqui”, explicou.

A investigação teve início após uma notícia-crime ser enviada pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, que atendeu a pedidos feitos pelo Movimento Negro Unificado e outras 40 entidades.

A bancada negra da Câmara, formada por Karen Santos (PSol), Bruna Rodrigues (PCdoB), Daiana Santos (PCdoB), Laura Sito (PT) e Matheus Gomes (PSol), disse ter se sentido atacada com o conteúdo da mensagem.

Depoimento

Em depoimento, Nagelstein negou que sua fala tivesse cunho racista, e afirmou que a declaração foi uma análise do resultado da eleição, que elegeu pessoas com pouca qualificação formal.

O ex-vereador disse ainda que descrever pessoas como negras não configura racismo e enfatizou que não teve intenção de proferir falas discriminatórias, mas sim contextualizar o resultado das eleições.

“Reitero que é uma questão política. Não houve em nenhum momento intuito meu de praticar nenhum ato de racismo. Fiz uma avaliação em relação ao discurso que essa bancada faz e o resultado eleitoral e ponto. De novo, lamento a posição da delegada”, destacou Nagelstein.

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