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Ex-secretário de PE é denunciado por estupro, perseguição e violência

Ex-esposa relata agressões físicas e psicológicas, além de ameaças de morte por parte do secretário

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Pedro Eurico de Barros e Silva
1 de 1 Pedro Eurico de Barros e Silva - Foto: Reprodução

O ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco Pedro Eurico Barros e Silva foi denunciado, nesta segunda-feira (31/1), pelo Ministério Público (MPPE), por estupro, perseguição e violência psicológica e contra mulher.

O caso ficou conhecido após sua ex-esposa, a economista aposentada Maria Eduarda Marques de Carvalho, dar declarações exclusivas para a NE 2, jornal da Rede Globo, em dezembro no ano passado, sobre agressões sofridas durante o relacionamento. Após o relato, Eurico foi exonerado de seu cargo.

De acordo com a mulher, ela sofria agressões físicas e psicológicas, além de ameaças de morte por parte do secretário ao longo dos 25 anos em que estiveram juntos. O último boletim de ocorrência, dos 10 feitos, foi registrado em novembro.

Esta é a segunda vez que ele é denunciado. A primeira foi feita pela 10ª Promotoria de Justiça Criminal de Olinda à Vara de Violência Doméstica de Olinda, em 17 de dezembro.

Na época, o MPPE explicou que, por engano, encaminhou o inquérito policial da Delegacia da Mulher de Paulista à Central de Inquéritos de Paulista. Ao perceber o equívoco,  a promotoria encaminhou o caso à Central de Inquéritos de Olinda. Foi na cidade que o descumprimento da medida protetiva, a perseguição e o delito de violência psicológica ocorreram.

“Ele sempre me bateu”

Em seu relato, Maria Eduarda de Carvalho declarou que o ex-marido “batia, dava murro, dava chute. A vida inteira. Ele sempre me bateu”. A economista ainda afirmou que Pedro Eurico vinha fazendo mais ameaças nos últimos anos, insinuando o que poderia fazer com ela.

“[Ele] Me acordava de madrugada dizendo que eu saísse de casa naquela hora porque ele tinha acabado de sonhar que me matava. Outro dia, ele dizia que ia acontecer um acidente, ia aparecer um acidente e ninguém ia desconfiar que era ele que tinha mandado fazer alguma coisa”, contou.

O relacionamento dos dois começou entre 1995 e 1996. Segundo Maria Eduarda, em março de 2000, antes do casamento, ela procurou a delegacia pela primeira vez, por conta de uma agressão.

A segunda queixa foi registrada no mês de setembro do mesmo ano. Em 2001, mais duas denúncias foram feitas e outras duas foram registradas no ano seguinte.

“De 2000, desse momento [em que esteve na delegacia], até 2003, foi uma perseguição na minha vida, infernal. Na minha e dos meus filhos. Ele ia mais cedo no colégio dos meus filhos, sequestrava meus filhos, levava para passear, ligava para mim, dizendo que só devolvia quando eu ficasse com ele”, relatou.

“Muito ciúme, muita agressividade”

Apesar das denúncias, a economista decidiu retomar o relacionamento e casou com o secretário em 2003. Ela esperava que, com o casamento, a relação “pudesse ser diferente”. Entretanto, segundo ela, foi pior: “Muito ciúme, muita agressividade, coisas que eu desconhecia na minha vida”.

Em 2008, mais uma queixa foi registrada. A mulher esteve na delegacia novamente em 2010, fazendo mais duas denúncias.

De acordo com Maria Eduarda, a situação só piorou com o tempo. Ela, então, resolveu morar na casa da mãe em novembro de 2021, que já presenciou as agressões.

A mulher ainda relatou que, nos últimos anos, os dois moravam juntos, mas dormiam em quartos separados. Além disso, a mulher deixava o segurança e o motorista em alerta para caso algo acontecesse.

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