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Ex-secretário de Obras de Eduardo Paes é preso no Rio pela Lava Jato

Estão sendo cumpridos outros nove mandados de prisão por cobrança de propina nas obras da Transcarioca

atualizado

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1 de 1 policia-federal-840×567 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em mais um desdobramento da Lava Jato, a Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (3/8) o ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro Alexandre Pinto. A ação mira, pela primeira vez, a gestão do ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB). Pinto é acusado de receber propina na construção da Transcarioca. De acordo com as investigações, os suspeitos teriam recebido R$ 35,51 milhões referentes apenas a um trecho da obra.

São cumpridos dez mandados de prisão, sendo nove no Rio de Janeiro e um em Pernambuco. Há, ainda, um mandado de condução coercitiva em São Paulo. Os alvos são lobistas e servidores municipais.

A operação é decorrência da delação de Luciana Salles Parente e Rodolfo Mantuano, ambos ex-executivos da Carioca Christiani-Nielsen Engenharia. Segundo os delatores, os fiscais de obra chegavam a cobrar comissão de 3% para liberar trechos da obra.

A Transcarioca ficou pronta em 2014 e custou quase R$ 2 bilhões. Trata-se de um sistema de transporte público metropolitano de Bus Rapid Transit, que liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim.

Também estão sendo apuradas nessa operação, batizada de Rio 40 Graus, fraudes na despoluição da Bacia de Jacarepaguá. De acordo com a PF, as investigações foram iniciadas há cerca de quatro anos e os presos serão indiciados por corrupção,lavagem de dinheiro e organização criminosa. Após os procedimentos de praxe, eles serão encaminhados ao sistema prisional do estado.

Conexão
O procurador da República Sergio Pinel afirmou que “dá para perceber uma conexão” entre os supostos esquemas de propina do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (PMDB) — que está preso — e da Secretaria Municipal de Obras da gestão de Paes. De acordo com o investigador, um dos indícios é o termo usado para chamar a propina cobrada em obras públicas nos dois esquemas: a “taxa oxigênio”.

O MPF relacionou o fato aos dois governos serem liderados por políticos do mesmo partido: o PMDB. “A organização criminosa liderada por Cabral se estendeu por outras ramificações do PMDB. É possível que este esquema tenha sido replicado ainda para outros entes federados que possuíam agentes públicos do PMDB”, afirmou o procurador.

Eduardo Paes
O ex-prefeito, que vive nos Estados Unidos, divulgou breve declaração sobre a prisão do ex-secretário de Obras de sua gestão. No texto, o peemedebista demonstra cautela e não descarta a possibilidade de confirmação das suspeitas em relação a seu ex-auxiliar.

“O Alexandre Pinto é um servidor de carreira da Prefeitura do Rio. A política não teve qualquer relação com sua nomeação para a função de secretário de Obras. Ao contrário! Caso confirmadas as acusações, será uma grande decepção o resultado dessa investigação”, escreveu Paes, em mensagem de texto enviada ao jornal O Estado de S. Paulo.

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