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Ex-PRF preso por interferir nas eleições de 2022 ganha cargo público

Silvinei será secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação na Prefeitura de São José, em Santa Catarina. O salário supera R$ 10 mil

atualizado

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Carolina Antunes/PR
Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques será o primeiro a depor na CPI dos atos golpistas Moraes
1 de 1 Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques será o primeiro a depor na CPI dos atos golpistas Moraes - Foto: Carolina Antunes/PR

Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Jair Bolsonaro (PL), Silvinei Vasques foi nomeado para cargo em comissão na prefeitura de São José, em Santa Catarina. Silvinei será secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação. O salário previsto para o cargo de titular da pasta é de R$ 10.143,03. Ele trabalhará na gestão de Orvino Coelho de Ávila (PSD).

A secretaria da qual Silvinei será titular tem as missões de: desenvolver e coordenar políticas para impulsionar o crescimento e a diversificação econômica da cidade; fomentar parcerias com o setor privado e apoiar o desenvolvimento de empresas locais; contribuir para o bem-estar da população por meio do desenvolvimento econômico sustentável e da criação de novas fontes de renda; implementar políticas que conciliem crescimento econômico com responsabilidade social e ambiental.

Vasques foi preso em agosto de 2023 por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro da investigação contra ele de tentar interferir no resultado do segundo turno das eleições de 2022, a fim de beneficiar o ex-presidente Bolsonaro.

Silvinei Vasques ficou preso por um ano no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, mas teve a preventiva revogada por Moraes. O ministro entendeu que os fatores que determinaram o encarceramento de Silvinei não se encaixavam mais na situação.

A investigação que levou Silvinei Vasques à prisão foi realizada pela Polícia Federal e apontou que os bloqueios das rodovias, nas eleições, configuravam crime de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal, assim como crimes de “impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro”.

As ações, realizadas em diferentes estradas à época, contaram com maior atuação no Nordeste, região em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve mais votos no primeiro turno.

A operação que prendeu Silvinei foi batizada pela PF de “Constituição Cidadã”, em referência à Carta Magna que foi promulgada em 1988 e garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto.

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