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“Clubes devem educar jogadores”, diz ex-presidente do Flamengo sobre fraudes

Deputado federal Eduardo Bandeira de Mello disse ser “uma pena” ver jovens atletas envolvidos em esquema de manipulação e fraudes de jogos

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O deputado Eduardo Bandeira de Melo, ex-presidente do Flamengo.
1 de 1 O deputado Eduardo Bandeira de Melo, ex-presidente do Flamengo. - Foto: Metrópoles

O deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ), ex-presidente do Flamengo, afirmou que os clubes de futebol devem educar os jogadores, especialmente os mais jovens, para evitar que os atletas se envolvam em esquemas de fraudes e manipulação de resultados de partidas.

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles Entrevista nessa terça-feira (16/5), Bandeira de Mello disse ser “uma pena” ver atletas na faixa dos 19 e 20 anos de idade envolvidos em esquemas como o revelado pelo Ministério Público do Goiás (MPGO) nas últimas semanas.

O órgão denunciou, na Operação Penalidade Máxima II, 16 pessoas por fraudes nos resultados de 13 partidas de futebol, ligadas a casas de apostas esportivas.

“Me dá muita pena ver que atletas de 19, 20 anos de idade estão envolvidos nisso. É claro que erraram e, se erraram, têm que pagar. Mas eu acho que os clubes podem, sim, agir de maneira educativa para evitar que isso aconteça”, afirmou Bandeira de Mello.

Veja:

“Armadilhas”

Bandeira de Mello chamou de “armadilhas” os esquemas comandados por empresários do ramo de apostas para aliciar jogadores a manipularem resultados de jogos em troca de quantias em dinheiro.

O deputado afirmou que é papel dos clubes de futebol educar os atletas “para que eles percebam o quão grave é esse problema”.

“As falsas oportunidades que são oferecidas para esses atletas, na realidade, são armadilhas que podem levar ao final da carreira de um menino que às vezes sofreu tanto, se empenhou tanto para conseguir chegar em um clube de futebol profissional e com isso melhorar a vida da sua família”, afirmou.

Veja a íntegra da entrevista com Eduardo Bandeira de Mello:

CPI e investigações

Sob relatoria de Felipe Carreras (PSB-PE), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas na Câmara dos Deputados terá Júlio Arcoverde (PP-PI) na presidência. O colegiado terá 34 deputados na composição, mas a lista completa dos nomes deve ser definida após a instalação, prevista para ocorrer nos próximos dias.

No entanto, já se sabe que a comissão terá nomes ligados ao esporte em sua composição. É o caso de Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ), ex-presidente do Flamengo, e Maurício do Vôlei (PL-MG), ex-jogador da Seleção Brasileira de Vôlei masculino.

De acordo com investigações do MPGO, jogadores recebiam verba de até R$ 100 mil para provocar, propositalmente, cartões amarelos e vermelhos e beneficiar apostadores. Os casos ocorreram em jogos de torneios como as séries A e B do Campeonato Brasileiro, em 2022, e dos campeonatos Paulista e Gaúcho de 2023.

Oito jogadores foram afastados de seus clubes por suspeita de participação no esquema. A lista conta com nomes do Fluminense, Santos, Athletico Paranaense, São Bernardo, América – MG, Coritiba e Colorado Rapids (EUA).

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