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Ex-presidente do Flamengo, deputado Bandeira de Mello diz que fraudes em jogos não começaram agora

Deputado federal Bandeira de Mello (PSB-RJ), ex-presidente do Flamengo, citou escândalos passados mas disse que time nunca registrou casos

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1 de 1 Imagem colorida mostra o deputado federal Bandeira de Melo (PSB-RJ) sendo entrevistado pela repórter Rebeca Borges, do Metrópoles - Metrópoles - Foto: Reprodução/Metrópoles

deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ), ex-presidente do Flamengo, afirmou, nessa terça-feira (16/5), em entrevista ao Metrópoles Entrevista, que os escândalos envolvendo empresas de apostas esportivas e times de futebol não são novidade. “Não dá para imaginar que o problema surgiu agora”, pontuou o parlamentar.

Bandeira de Mello será um dos 34 deputados participantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, que deve ser instalada nos próximos dias na Câmara dos Deputados.

A discussão sobre o tema se intensificou nos últimos dias após o Ministério Público do Goiás (MPGO) denunciar 16 pessoas por fraudes nos resultados de 13 partidas de futebol, ligadas a casas de apostas esportivas.

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, o parlamentar afirmou não ter conhecimento de fraudes envolvendo o Flamengo, clube do qual foi presidente por seis anos, entre 2013 e 2018.

“Enquanto eu estive no Flamengo não tive conhecimento de nenhum problema, nem dentro do clube. O que seria um absurdo, se tivesse acontecido alguma coisa e nós não tivéssemos reportado, tomado as providências necessárias. Mas nem fora do Flamengo. Dos seis anos que eu tive lá, esse assunto não foi notícia. Mas, aparentemente, a coisa já vinha acontecendo, né? Porque não dá pra imaginar que o problema surgiu agora”, pontuou.

Veja:

Histórico de fraudes

Bandeira de Mello afirmou que a CPI deve convocar todos os atores dos esquemas de fraude envolvendo empresas de apostas e times de futebol. “Jogadores, dirigentes e, se necessário, árbitros também, empresários. E essas pessoas que já apareceram aí como envolvidas no problema. Sempre lembrando que isso não é uma situação nova”, disse.

O deputado citou o escândalo da Máfia da Loteria Esportiva em 1982, revelado pela revista Placar. A denúncia apontou 125 envolvidos, entre árbitros, jogadores e apostadores, em um esquema que fraudava resultados em favor de um grupo de apostadores.

O caso envolvia a escolha dos jogos que entrariam na Loteria Esportiva da Caixa Econômica Federal, e a manipulação dos resultados das partidas. O esquema teve participação de jogadores como Amarildo e Marco Antônio, que venceram a Copa do Mundo pela seleção Brasileira em 1962 e 1970. Dos 125 citados, 20 foram indiciados pela Justiça. Ninguém foi preso.

Esse primeiro escândalo foi na era pré-internet.

Em 2005, o Brasil também assistiu ao escândalo da Máfia do Apito, revelado pela revista Veja. O caso foi protagonizado pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho, que atuou para alterar o placar de jogos do Campeonato Brasileiro. Após a revelação, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva anulou e remarcou 11 partidas comandadas por Edilson.

Nesta época, já com a rede mundial de computadores ativa, alguns sites de apostas já estavam em operação no país. No entanto, sua popularização foi posterior.

Veja a íntegra da entrevista com Eduardo Bandeira de Mello:

CPI e investigaçoes

Sob relatoria de Felipe Carreras (PSB-PE), a comissão de inquérito da Câmara terá Júlio Arcoverde (PP-PI) na presidência. O colegiado terá 34 deputados na composição, mas a lista completa dos nomes deve ser definida após a instalação.

No entanto, já se sabe que a comissão terá nomes ligados ao esporte em sua composição. É o caso de Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ), ex-presidente do Flamengo, e Maurício do Vôlei (PL-MG), ex-jogador da Seleção Brasileira de Vôlei masculino.

De acordo com investigações do MPGO, jogadores recebiam verba de até R$ 100 mil para provocar, propositalmente, cartões amarelos e vermelhos e beneficiar apostadores. Os casos ocorreram em jogos de torneios como as séries A e B do Campeonato Brasileiro, em 2022, e dos campeonatos Paulista, Goiano e Gaúcho de 2023.

Oito jogadores foram afastados de seus clubes por suspeita de participação no esquema. A lista conta com nomes do Fluminense, Santos, Athletico Paranaense, São Bernardo, América – MG, Coritiba e Colorado Rapids (EUA).

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