Ex-presidente da OAS vai relatar propinas a Aécio Neves
O repasse teria sido de R$ 3 milhões durante a construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais
atualizado
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O sócio e ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, pretende relatar e apresentar supostas provas de propinas para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em delação premiada à força-tarefa da Lava-Jato. As propinas teriam origem na construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais, obra mais cara dos seus dois governos à frente do estado (2003-2010).
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a OAS pagou 3% de propina a um dos aliados de Aécio, o Oswaldo Borges da Costa Filho, que presidiu a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) durante os governos do tucano.
No consórcio que tocou a obra, a Odebrecht era a líder, com 60% do valor do contrato. A OAS respondia por 25,71% e a Queiroz Galvão, por 14,25%. Como o custo total da obra foi de R$ 1,26 bilhão, a OAS recebeu R$ 102,1 milhões e o montante de propina seria, portanto, de R$ 3 milhões. A assessoria de Aécio nega veementemente a acusação.