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Ex-prefeito do Recife é denunciado por licitação na pandemia

Geraldo Júlio governou o Recife durante primeiro ano de pandemia de Covid-19, quando os contratos suspeitos com OSS foram firmados

atualizado

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Andrea Rego Barros/ PCR Imagem
Imagem colorida do ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio
1 de 1 Imagem colorida do ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio - Foto: Andrea Rego Barros/ PCR Imagem

Ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB-PE) foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostos crimes ocorridos em licitação realizada durante o auge da pandemia de Covid-19. Ele geriu a cidade entre 2013 e 2020, quando elegeu o sucessor João Campos (PSB) e se tornou secretário de Desenvolvimento Econômico.

A denúncia, apresentada pelo MPF no dia 14/2 à Justiça Federal, pede abertura da ação penal no âmbito do inquérito da Operação Desumano, deflagrada em setembro de 2020 pela Polícia Federal (PF) junto à Controladoria-Geral da União (CGU), ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público do Estado de Pernambuco (GAECO/PE).

A ação apontou irregularidades na contratação da ONG Humanize para gerenciamento de um hospital de campanha do Recife e, também, de Jaboatão dos Guararapes, cidade que fica na Região Metropolitana da capital. Os contratos foram realizados pelas respectivas Secretarias de Saúde, com recursos provenientes do Ministério da Saúde e Sistema Único de Saúde (SUS), para ações de combate à Covid-19.

De acordo com o MPF, concluiu-se que houve desvios superiores a R$ 4 milhões das verbas para o combate à Covid-19 no contrato. Além de Geraldo Júlio, de acordo com a denúncia, oito outros servidores estiveram envolvidos nas supostas fraudes do processo de dispensa 115/2020. Caso o pedido seja aceito pela Justiça, os denunciados se tornam réus.

A CGU e órgãos parceiros, na operação, identificaram fatores de risco à execução dos valores em que a empresa investigada foi favorecida, em decorrência de dois processos de Dispensa de Licitação.

O contrato com Recife foi firmado no valor de R$ 34 milhões, enquanto o acordo com Jaboatão foi de R$ 23, 7 milhões. Juntos, os contratos para terceirização de serviços de saúde somam quase R$ 58 milhões. De acordo com análises e diligências efetuadas, esse serviço foi firmado sem requisitos formais e capacidade operacional, patrimonial e financeira por parte da OSS.

Metrópoles não conseguiu contato com Geraldo Júlio. O espaço segue aberto a manifestações.

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