Ex-prefeito de cidade em Goiás é indiciado por homicídio qualificado
Antônio Camargo, o Tonim Camargo (DEM), ex-prefeito de Santa Terezinha de Goiás, teria encomendando a morte do homem que matou sua amante
atualizado
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Goiânia – A Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu o inquérito que investiga o envolvimento do ex-prefeito de Santa Terezinha de Goiás, Antônio Camargo, o Tonim Camargo (DEM), no assassinato de Wender Luiz de Aguiar, de 39 anos, ocorrido em março deste ano em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana.
Tonim, que administrou a cidade localizada no norte do estado na última gestão, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. Conforme as investigações, ele teria encomendado a morte de Wender, após cansar-se das chantagens e da cobrança de dinheiro que o homem vinha fazendo contra ele, desde que havia cometido um assassinato a mando do ex-prefeito.
Morte encomendada
Wender havia sido contratado por Tonim, anos atrás, para matar a amante do político, que estava grávida de seis meses. Conforme a apuração, a mulher estaria chantageando o político para não revelar os fatos. O crime, inclusive, teria ocorrido na presença de Tonim. Após o assassinato da mulher, e com a dívida gerada, o homem passou a cobrar valores mensais.
Conforme a polícia, Wender teria se mudado para a região metropolitana de Goiânia, a cerca de 300 quilômetros de Santa Terezinha, com a ajuda do ex-prefeito.
Agentes de saúde
A morte ocorreu no dia 8 de março deste ano. Dois executores, supostamente contratados pelo ex-prefeito, vestiram-se de agentes de saúde e entraram na casa da vítima, no Jardim Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia. Eles estariam com o nome de Wender anotado em um caderno, o que, para a polícia, poderia caracterizar crime de pistolagem.
A vítima logo suspeitou da ação dos homens e da maneira como eles chegaram ao local. De acordo com o delegado Altair Gonçalves, do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia, Wender saiu para o lado de fora da casa, como medida de precaução, mas foi alvejado na calçada. A vítima tinha antecedentes criminais por roubo.
R$ 10 mil pela execução
A polícia apurou que, para a execução do homicídio, o ex-prefeito desembolsou a quantia de R$ 10 mil reais, e o valor teria sido repassado aos executores pelo motorista de Tonim.
O político e o funcionário foram presos preventivamente nessa terça-feira (28/9) e estão a disposição da Justiça. Os demais envolvidos estão foragidos e seguem sendo procurados.
Além de Tonim, outras cinco pessoas também foram indiciadas pelo assassinato de Wender. O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa do ex-prefeito.