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Ex-passista Maria Lata D’Água morre no interior paulista, aos 90 anos

Maria Mercedes Chaves Roy teve fama tão grande no Carnaval que ela inspirou a marchinha Lata D’água na Cabeça, em 1952

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Ex-passista Maria Lata d’Águu
1 de 1 Ex-passista Maria Lata d’Águu - Foto: Reprodução

Morreu na última sexta-feira (23/2), aos 90 anos, em Cachoeira Paulista (SP), Maria Mercedes Chaves Roy, mais conhecida como Maria Lata D’Água que, durante algumas décadas, desfilou pelas principais escolas de samba do Carnaval carioca, como a Portela, Salgueiro, Beija-Flor, entre outras.

A informação foi divulgada pela comunidade católica Canção Nova, da qual Maria fez parte desde o início dos anos 2000. Segundo as informações, ela teria morrido de causas naturais.

Maria se tornou conhecida por sambar, aos 18 anos, com uma lata de água de 20 litros na cabeça. Sua fama foi tão grande no Carnaval que ela inspirou a marchinha Lata D’água na Cabeça, de Luís Antonio e Jota Júnior, em 1952.

Em nota no X (antigo Twitter), a Portela lamentou a morte de Maria Lata D’Água: “É com grande pesar que a Portela lamenta a morte da nossa ex-passista Maria Mercedes Chaves Roy, ou apenas Maria Lata D’Água. Ela estava internada em um hospital em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, e morreu devido a complicações da idade. Maria estava com 90 anos”.

A antiga passista nasceu em Diamantina (MG), em setembro de 1933 e, desde pequena, ajudava a mãe a pegar água em uma bica perto de sua casa. Perdeu o pai ainda muito pequena e, aos 11 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro com a mãe.

Da Passarela ao Sacrário

Ao desfilar sambando com uma lata de água de 20 litros na cabeça ganhou o apelido que a tornou famosa. A história de sua vida foi contada na autobiografia Lata D’Água Na Cabeça – Da Passarela ao Sacrário, lançada em 2017. Ela casou com um suíço, com quem veio viver no Brasil.

Em entrevista ao Canção Nova Notícias, em 2018, Maria contou que, em 1990, durante o Retiro de Água Viva, na arena do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, “ouviu o chamado de Deus”.

“Lá, dei meu primeiro testemunho e Deus me chamou naquele momento. Abandonei tudo, não saio mais no Carnaval. Eu me senti tocada pelo amor e vim para a Canção Nova fazer o caminho. Não me arrependo e sempre digo: ‘Daqui não saio, daqui ninguém me tira, pois foi Jesus quem me colocou”.

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