Ex pagaria R$ 1 milhão para cubano matar galerista com besta
Ex-marido de galerista Brent Sikkema teria oferecido dinheiro para ex-segurança da família cometer o crime com uso de armamento com flecha
atualizado
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O cubano Alejandro Triana Prevez receberia US$ 200 mil, equivalente a R$ 1 milhão, por matar o galerista norte-americano Brent Sikkema, de 75 anos. O plano, conforme o suspeito, era cometer o crime com uma besta, tipo de arma com arco e flecha. O ex-marido da vítima, o também cubano Daniel Sikkema, vive em Nova York e é acusado de ser o mandante do assassinato.
Brent foi esfaqueado dentro de sua casa na zona norte do Rio de Janeiro e encontrado morto no dia 15 de janeiro. Alejandro foi preso em Minas Gerais, quando tentava fugir do Brasil. Ele confessou o crime e entregou o mandante, o próprio ex-marido da vítima, Daniel, que teve a prisão provisória determinada pelo Judiciário brasileiro.
Reportagem do Fantástico deste domingo (11/2) revelou que, inicialmente, Alejandro planejava cometer o crime com uma besta. Ele chegou a gravar um vídeo manuseando a arma e atirando com ela, como se estivesse treinando.
No entanto, Alejandro acabou usando uma faca para matar o galerista. Brent dormia quando começou a ser esfaqueado. No total, foram 18 golpes contra a vítima.
Briga por dinheiro
Em entrevista ao Fantástico, o delegado que investiga o caso, Rômulo Assis, disse que Daniel Sikkema tinha diversas brigas com o galerista, por questões relacionadas a pensão, disputa por bens e guarda do filho. O casal viveu junto por 15 anos e tem um filho adolescente.
Segundo a matéria, após as brigas, Brent teria retirado o nome de Daniel de seu testamento, deixando sua fortuna apenas para um outro ex-marido e para o filho.
Daniel então teria contratado Alejandro para cometer o crime. O cubano já tinha trabalhado para a família como segurança e faz-tudo.
Além de 200 mil dólares, Daniel teria prometido que Alejandro poderia morar na casa do galerista no Rio de Janeiro.
Alejandro recebia remessas de dinheiro para realizar os preparativos para cometer o homicídio. Ele recebeu uma chave da casa do galerista e conversava com o mandante do crime por um chip de celular comprado no Brasil, cadastrado no nome de um laranja.