Ex-namorada de Jairinho vai prestar novo depoimento à polícia nesta 6ª
No primeiro depoimento, Debora Saraiva afirmou que o relacionamento com o vereador era conturbado mas negou ter sofrido qualquer agressão
atualizado
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Rio de Janeiro – Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) vão ouvir, na tarde desta sexta-feira (16/4), Débora Mello Saraiva, ex-namorada do vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido). É a segunda vez que a jovem prestará depoimento à polícia.
Segundo o advogado de Débora, que tem um filho de cerca de 10 anos, a jovem agora dirá a verdade, que ela e seu filho já foram agredidos pelo político.
No primeiro depoimento, a ex-namorada afirmou que o relacionamento com Jairinho era conturbado, mas negou ter sofrido qualquer agressão.
Debora também contou ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16a DP, que investiga a morte de Henry Borel Medeiros, que ainda teria contato com o vereador e teria recebido um telefonema dele horas depois da morte de do menino, e na conversa, nenhuma palavra teria sido dita sobre a tragédia.
Uma amiga de Débora teria contado à imprensa que conhece o filho da amiga desde o nascimento e que o comportamento do menino havia mudado com a convivência do vereador do Rio.
A mulher chegou a contar que Jairinho tentou dopar a amiga em um hotel e que quando ela acordou, “grogue e deparou com o menino chorando e o namorado o forçando a tomar banho de banheira”.
Ela também disse ter visto diversas vezes o garoto “chorando e tremendo” só de ouvir o nome do político carioca.
Entenda o caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana anterior normal.
Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo registro policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necropsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.